O crime de pistolagem se tornou um comércio rentável na capital amazonense. O ex-deputado federal Carlos Souza (hoje vice - prefeito), denunciou e pediu providencia em 2003. Há graves erros com a política de segurança. De 2003 a 2008 nenhum crime de pistolagem foi elucidado.
INDICAÇÃO Nº DE 2003
(Do Sr. Deputado CARLOS SOUZA)
Sugere ao Ministro da Justiça, que sejam
intensificadas as políticas de combate aos crimes
de pistolagem, na cidade de Manaus, Estado do
Amazonas.
Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da justiça:
Como é do conhecimento de V. Exª., o agravamento
exponencial da violência e da criminalidade se constitui atualmente numa das
maiores preocupações que afligem a sociedade brasileira. A organização crescente
do crime, surpreende-nos. O poder público precisa atuar de forma eficaz contra o
adversário comum.
Falo particularmente da Sociedade Amazonense que está
assustada com atos de pura covardia por parte daqueles que ousam desafiar a lei e
os seus poderes constituídos. Estes fatos, que vêm se tornando muito comuns e
freqüentes na Região Norte e, de modo especial, na capital do Estado do
Amazonas, provavelmente ocorram pela confiança na quase que eterna impunidade
que grassa de norte a sul do no país.
No ano de 2002, foram registrados 15 crimes de pistolagem,
alcançando uma média de mais de um crime por mês. Dentre esses, está a
execução do Prefeito de Novo Aripuanã, Adiel Messias Santana, que foi
assassinado no mês de agosto, com três tiros de espingarda calibre 12.
No corrente ano já foram registrados 5 crimes.
No último dia 19 de Janeiro o secretario da Comissão de
Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas, Marcelo Reis,
28 anos, foi vítima de um atentado à bala, quando saiu de sua casa para tomar café
da manhã. O autor do atentado foi um motoqueiro – que, no momento da
abordagem, escondia seu rosto atrás de um capacete.
No último dia 18, o Presidente do Sindicato dos Vigilantes,
Walmir de Souza Oliveira, foi assassinado com um tiro na nuca, quando caminhava
com a mulher, Lúcia Marinha dos Santos Gusmão. O tiro foi disparado por um
homem que estava num Gol vermelho e que seguia o casal. Ao ver o carro, Oliveira
agarrou-se à mulher, pressentindo o que iria acontecer. A bala atingiu a nuca e
varou a testa do sindicalista, que foi socorrido ainda com vida, mas morreu ao dar
entrada no Pronto-Socorro 28 de Agosto.
Infelizmente, os "crimes de pistolagem", por encomenda, como
os ocorridos, vêm se tornando cada dia muito freqüentes na cidade de Manaus.
Na certeza de que a nossa proposição será avaliada por V.
Exª. segundo os mais elevados interesses do País, agradecemos antecipadamente
pela sua atenção.
Sala das Sessões, em de de 2003.
Deputado CARLOS SOUZA
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