O vereador Siriaco da Silva Gomes (PMDB), 44 anos, deixou a sede da Polícia Federal (PF), no início da tarde desta terça-feira, em Manaus, após prestar depoimento por cerca de duas horas e meia.
Ele alegou que os R$ 88 mil apreendidos com ele pela PF, no momento em que viajava em um barco ajato rumo a Amaturá, seria usado para pagar servidores da Câmara Municipal, da Prefeitura e efetuar 'outros pagamentos'. E que os panfletos da candidata ao senado federal Vanessa Grazziontin, também apreendidos, seria distribuído por ele assim que chegasse na cidade.
Nem ele nem a PF informaram a quantidade de panfletos apreendidos. "Eu não sou candidato a nada, mas apoio a candidatura da Vanessa. Distribuir panfletos não significa que sou cabo eleitoral. Não trabalho pra ninguém", garantiu o vereador. O dinheiro, segundo Siriaco, foi sacado na segunda-feira porque a conta bancária da Prefeitura de Amaturá está bloqueada por causa de dívidas trabalhistas.
Ele não soube dizer a razão de a quantia estar minuciosamente dividida em cédulas de R$ 10, de R$ 50 e R$ 100. "O banco me entregou assim", argumentou. Acompanhado dos advogados José Carlos Valim e Klinger Pereira, Siriaco afirmou ainda que tentou viajar de barco para Amaturá porque não conseguiu comprar uma passagem aérea e tinha pressa de chegar ao município. "Quando é preciso, venho a Manaus para sacar dinheiro. Não sabia que acabaria nessa confusão", afirmou.
Siriaco disse que não descarta a hipótese de que houve uma armação política contra ele. O delegado federal Roberto Câmara, que ouviu o depoimento de Siriaco, informou que os R$ 88 mil apreendidos foram entregues ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), que analisa se houve indícios de crime eleitoral.
Fonte: Portal Mano Repórter
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