O ouvidor-geral da Câmara Municipal de Manaus, vereador Hissa Abrahão (PPS), protocolou um requerimento na Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos do Amazonas (Arsam), pedindo informações sobre a atuação dos caminhões-pipa (carros que levam abastecimento de água às zonas periféricas da cidade), no período de janeiro de 2009 a junho de 2010.
A iniciativa se baseou em denúncias feitas por moradores das zonas Norte e Leste de Manaus que afirmaram não receber o serviço há mais de dois anos. A empresa responsável pelo funcionamento dos carros-pipa é a Águas do Amazonas, que atua como concessionária municipal de abastecimento de água em Manaus. Além do Poder Público Municipal, a Arsam é outro órgão que pode fiscalizar e inspecionar a atuação da empresa concessionária junto à população.
Depois de buscar informações junto à Prefeitura de Manaus e na própria Águas do Amazonas, o vereador Hissa recorreu à Agência Reguladora de Serviços Públicos para ter informações sobre o atendimento dos ‘carros-pipa’. “Tenho esperanças que com a Arsam possamos ter uma resposta para essa falta de respeito com a população que é a paralisação do atendimento dos carros-pipa. Como pode uma cidade tão desenvolvida como Manaus, ainda, padecer de serviços básicos como a falta de água”, questionou o parlamentar.
Atualmente, mais de 70% da população sofre com a falta de água, sendo que a maioria desse percentual está concentrada nas zonas Norte e Leste de Manaus. Nesses locais, a população depende quase que exclusivamente da água de poços artesianos e carros-pipa.
Na região também é comum a compra de água, sendo que o cinco litros do líquido chega ha custar R$ 8. A média diária de utilização de água de uma família formada por cinco pessoas chega a 15 litros.
O líder comunitário do bairro São José, Amadeu Gonçalves, 41 anos, afirmou que muitos moradores chegam a trocar com seus vizinhos mantimentos por água. “Aqui na zona Leste a água á um produto de luxo e muitos ficam entre comer e comprar água para sobreviver”, ressaltou o morador.
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