sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A casa caiu.


Fotografias mostrando o ex-policial militar Moacir Jorge da Costa, o “Moa”, tomando banho de piscina com o deputado estadual Wallace Souza (PP), estão circulando desde ontem na Internet, provavelmente com a finalidade de contradizer as declarações do deputado que, na semana passada, afirmou, em entrevista à imprensa, que não tinha contato com o ex-policial e que as poucas vezes em que falou com ele foi por telefone. Na foto, Wallace aparece ao lado de “Moa”, que está sorrindo.

Além de “Moa”, também estão na casa outros ex-policiais - identificados como Watila Silva da Costa e Harley - expulsos da corporação por envolvimento com crimes. Na foto, eles também aparecem próximos ao deputado Wallace Souza, que é visto de costas, envolvido em uma toalha.

Ano passado, a Corregedoria da Secretaria de Estado de Segurança Pública abriu inquérito para apurar denúncias do suposto envolvimento do deputado e do filho dele, o estudante Rafael Wallace de Souza, 26, com uma organização criminosa acusada da prática de diversos crimes, entre os quais formação de quadrilha, sequestros, tráfico interestadual de droga, homicídio, grupo de extermínio e porte ilegal de arma. Rafael Souza estaria sendo ameaçado de morte e teria tido a “cabeça posta a prêmio”.

As investigações, que estão sendo feitas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), correm em segredo de Justiça e tiveram início em outubro do ano passado, com base em denúncias feitas pelo ex-policial militar “Moa”, que, atualmente, encontra-se preso na Polícia Federal. “Moa” é acusado de ter participado do planejamento do assassinato da juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe, plano que não chegou a ser executado.

Revelações chocantes

O corregedor da Assembléia Legislativa do Estado (ALE), deputado Edilson Gurgel (PRP), confirmou, ontem, ter sido designado pela presidência da Casa para acompanhar o depoimento do ex-policial Moacir Jorge da Costa, o “Moa”. Gurgel admitiu que ficou chocado com o que ouviu do ex-policial. Sem querer entrar em detalhes, disse apenas estar torcendo para que tudo que ouviu “não seja verdade”.

O deputado fez questão de frisar que foi à Polícia Federal como corregedor da ALE e que não tem nada contra o deputado Wallace Souza. Ele não quis comentar o teor do depoimento porque o mesmo corre em segredo de Justiça.

Na semana passada, em entrevista a A CRÍTICA, o deputado Wallace disse que estava sendo injustiçado e que temia pela segurança do filho. Disse, ainda, que teve apenas dois contatos com o ex-policial “Moa” (por telefone).

FONTE: A CRÍTICA

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