Portal IMPRENSA
A construção do Museu da História da Imprensa Operária e Comunista, no bairro carioca Gamboa, localizado na Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro, está sendo alvo de disputa entre o PPS (Partido Popular Socialista) e o PCB (Partido Comunista Brasileiro).
Isto porque ambos reivindicam o legado do museu - que ficará abrigado em uma casa adquirida na década de 50 pelo antigo "Partidão". Criado em 1992 no 10º Congresso do antigo PCB, o PPS foi formado por 58% dos delegados presentes. Já os participantes derrotados se reorganizaram e fundaram o "novo" PCB em 1996.
Segundo a Folha de S.Paulo, o secretário-geral do PCB, Ivan Pinheiro, afirmou que o partido tambám quer administrar o museu. "Não tem sentido o museu ser administrado por quem quis acabar com o PCB. Eles fizeram um ardil jurídico para transformar o PCB no PPS, mas não são os sucessores políticos do Partido Comunista", declarou.
Os dirigentes do PPS, Givaldo Siqueira e Francisco Almeida, chamaram outros partidos de esquerda para participar do conselho responsável pelo projeto. "Vamos botar PC do B, PDT e PT no conselho. Nós nunca trabalhamos com exclusivismo", disse Almeida.
A prefeitura do Rio encaminharou à Câmara Municipal um projeto de lei para remissão das dívidas do imóvel, que chegou a ser fechado durante a Ditadura Militar- quando editava os jornais Novos Rumos, Para todos, Voz Operária e Emancipação.
De acordo com Siqueira, "a ditadura empastelou e interditou as gráficas. Os dirigentes foram processados e passamos a trabalhar na clandestinidade, em subterrâneos, até 1975. Depois, começamos a imprimir a Voz Operária em Paris"
Nenhum comentário:
Postar um comentário