Legalizando a ocupação.
Após 20 anos da ocupação, conflitos e ameaças de despejo pelo poder público e posterior compra dos lotes de uma área pertencente à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), denominada de Comunidade Agrícola do Ramal do Ipiranga, no bairro João Paulo (Zona Leste), o Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam) iniciou o trabalho de cadastramento para que seja expedido o licenciamento ambiental às famílias de produtores locais.
O documento vai permitir a regularização fundiária dos lotes junto à Suframa (titulação) e a liberação de linhas de crédito de agências de fomento à produção como o Banco da Amazônia, Afeam e Banco do Brasil.
O serviço de cadastramento, denominado de Mutirão do Lar – Licenciamento Ambiental Rural -, foi decidido após o encontro do presidente do Instituto, Néliton Marques da Silva, e as famílias de produtores da Comunidade Ipiranga, na semana passada.
"A ação do Ipaam vai beneficiar mais de 700 famílias que hoje, reconhecidamente, são na verdade uma forma de consolidação do programa da Suframa que visa à implantação do Pólo Agropecuário no Distrito Industrial.
“Graças ao trabalho dos produtores evitou-se o surgimento de mais um bairro desordenado em Manaus". O trabalho da equipe itinerante de técnicos do Ipaam também abrange as áreas do Puraquequara e Ramal do Brasileirinho, que também pertenciam a Suframa que, após consolidação da ocupação, decidiu lotear a área e vender mediante financiamento em 1998.
Na área existem pequenas e microempresas voltadas para a produção de aves de postura, codornas, peixes, bovinos, ovinos, caprinos e suínos. O deputado destacou que 70% da carne de porco consumida em Manaus são oriundas desta área.
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