Reportagem de VEJA desta semanamostra que, quando conheceu Lula e José Dirceu, nos anos 80, Rosemary Nóvoa de Noronha era uma morena de cabelos longos e contornos voluptuosos que, trabalhando como bancária passou a frequentar o sindicato da categoria em São Paulo.
Ex-colegas daquele tempo lembram que ela chegou a participar de plenárias e discussões partidárias, mas nunca se destacou como dirigente de expressão. Fazia mais sucesso nas festas que aconteciam nas quadras do sindicato, que ficava ao lado da sede nacional do PT, no centro da cidade. A proximidade entre as categorias e o partido contribuiu para que ela logo chamasse a atenção de próceres petistas, como o então deputado José Dirceu, de quem se aproximou. Ele a contratou como secretária logo depois. Meses mais tarde, Rose conheceu Lula, então candidato derrotado duas vezes em disputas à Presidência. A partir daí, embora oficialmente continuasse a trabalhar para Dirceu, passou a cuidar da agenda de Lula e a pagar suas contas. A proximidade entre os dois cresceu ao longo dos anos. Quando Lula chegou ao poder, criou um escritório para a Presidência da República em São Paulo, na esquina da avenida Paulista com a rua Augusta, e Rose foi imediatamente encaixada na lista de funcionários. Foi ela a responsável pela reforma do escritório e sua decoração, que inclui um grande mural do petista vestido com a camisa do Corinthians e chutando uma bola. Sobre os sofás, almofadas revestidas com reproduções de fotos do ex-presidente. Logo após a reforma, Rose foi promovida a chefe do escritório.(Leia a reportagem completa sobre as relações entre Rosemary e o ex-presidente Lula na edição desta semanade VEJA, que revela também como a quadrilha que ela integrava, tinham ramificações nas agências reguladoras e na AGU.)
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