A lista suja do trabalho escravo, "lista suja" do trabalho escravo, cadastro de empregadores pegos em flagrante na exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão, nunca teve tantos nomes. Atualizada nesta semana, a relação cresceu com a entrada de 52 novos registros e chegou ao recorde de 294 nomes. Entre os que entraram estão alguns dos principais grupos usineiros do país, madeireiras, empresários e até uma empreiteira envolvida na construção da usina hidrelétrica de Jirau. A lista – na qual pontificam o Pará e Mato Grosso - inclui ainda médicos, políticos, famílias poderosas e casos de exploração de trabalho infantil e de trabalho escravo urbano.
A revelação é da agência de notícias Repórter Brasil, em matéria assinada por Bianca Pyl, Daniel Santini e Maurício Hashizume. As fotos que ilustram a reportagem falam por si mesmas. A exemplo da foto que ilustra essa postagem, mostrando rãs nadando na água servida aos trabalhadores libertados. A matéria pode pode ser acessada também pelo endereço eletrônico abaixo:
http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=1978
A denúncia esclarece que, após serem flagrados explorando mão-de-obra escrava, todas as pessoas e empresas tiveram chance de defesa em processos administrativos. Somente depois de esgotados todos os recursos, foram incluídas no cadastro. Entre os novos registros, há casos como o de Lidenor de Freitas Façanha Júnior, cujos trabalhadores, sem opções, bebiam água infestada com rãs (foto acima), e o do fazendeiro Wilson Zemann, que explorava crianças e adolescentes no cultivo de fumo, acrescenta a denúncia.
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