A imigração judaica para a Amazônia foi tema, neta terça-feira (16), de uma Tribuna Popular realizada na Câmara Municipal de Manaus. O evento, proposto pelo líder do prefeito na CMM, Isaac Tayah (PTB), teve o objetivo de celebrar os 200 anos da chegada dos primeiro judeus à Região Norte do Brasil e os 150 anos da presença do povo israelita no Amazonas.
O presidente do Comitê Israelita do Amazonas, Davis Benzecry, lembrou o contexto histórico que levou os judeus a imigrarem para a Amazônia, vindos do Marrocos (norte da África), e destacou a comemoração do Dia Nacional da Imigração Judaica, celebrado nesta quinta-feira (18), e fruto de uma lei sancionada no ano passado.
“Essas pessoas vieram em busca de melhores condições de vida e da possibilidade de manter suas tradições. Aqui somaram nossa cultura milenar a diversidade do povo brasileiro. Hoje seguimos estimulando nossos filhos a construírem com o desenvolvimento de Manaus e do Brasil”, declarou, informando que a comunidade israelita do Amazonas é formada por cerca de 300 famílias.
O vereador proponente da homenagem e membro do Comitê Israelita, Isaac Tayah, ressaltou a contribuição dos judeus para o desenvolvimento do Amazonas e o empenho da comunidade israelita em manter suas tradições.
“É importante lembrar que nossa comunidade trouxe um novo status para as relações econômicas do Estado. Com a crise da borracha, a economia amazonense entrou em declínio e nossos antepassados contribuíram para a revitalização das finanças estaduais com seus empreendimentos comerciais. Às vezes somos acusados de sermos muito fechados, mas é apenas a forma que encontramos de proteger nossa comunidade e de mostras as novas gerações a importância da paz”, disse se referindo as perseguições que o povo judeu sofreu ao longo da história.
A contribuição do povo judeu para o Amazonas também foi lembrada por outros parlamentares. Para o vereador Mário Frota (PDT), algumas famílias israelitas “são responsáveis pelo Amazonas moderno”.
Já o vereador Homero de Miranda Leão destacou o número de empregos gerados pelas empresas de famílias judias.
Marcel Alexandre, por sua vez, defendeu um intercâmbio maior entre Manaus e Jerusalém e declarou sua intenção de transformar as duas capitais em “cidades irmãs”, por meio de um projeto que se encontra em tramitação na CMM.
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