segunda-feira, 15 de março de 2010

MARCELO SERAFIM RECEBEU DINHEIRO SUJO DE EMPREITEIRAS PARA SE ELEGER DEPUTADO FEDERAL


Por Antônio Zacarias.

Marcelo Augusto da Eira Correa, conhecido politicamente como Marcelo Serafim (foto), filho do ex-prefeito de Manaus, Serafim Correa, gastou cerca de R$ 7 milhões para se eleger deputado federal em 2006.

É o que garante uma fonte que trabalhou na coordenação da campanha dele. Boa parte desse valor, de conformidade com a mesma fonte, veio de empreiteiras que executavam obras da Prefeitura de Manaus.

O informante não soube precisar quanto, mas assegura que a Camargo Correa foi a mais “generosa”, chegando até a pôr um de seus jatinhos à disposição de Marcelo para que ele pudesse visitar cidades do interior do Estado, onde não era conhecido pelo nome nem pelo pelo.
Em verdade, o que a fonte diz não constitui nenhuma surpresa para aqueles que acompanharam atentamente a ascensão meteórica do rebento de Serafim. Durante toda a sua campanha, os sinais de que ele estava gastando dinheiro em profusão eram mais visíveis do que as estrelas em noite de lua cheia, assim como era igualmente visível a obsessão do pai por vê-lo de terno Armani tomando assento na Câmara dos Deputados.

Serafim estava tão obcecado por essa idéia, que pôs toda a máquina administrativa do município a serviço da candidatura do filho. Talvez resida aí um dos motivos de as obras do viaduto da Bola do Coroado (agora viaduto Gilberto Mestrinho) não terem ficado prontas em sua gestão.

URSINHO ROSA E RENEW

Pelo menos 70% dos R$ 7 milhões torrados por Marcelo chegaram às suas mãos de forma ilegal, do contrário ele os teria declarado em sua prestação de contas ao Tribunal Regional Eleitoral. Sem essa dinheirama toda (tese que ninguém discorda, nem mesmo os mais tolos), Marcelo continuaria dormindo com seu ursinho cor-de-rosa e fazendo beicinho de magoou toda vez que o pai lhe negasse um “Renew” para a sua pele fina e macia de moço que cresceu naturalmente, como crescem os pirilampos e os bâmbis.
Sem a “generosidade” das empreiteiras, Riquinho – como Marcelo é chamado na intimidade por causa de sua semelhança com o protagonista do filme Esqueceram de Mim – não teria como saltar, em apenas 2 anos, de insignificantes 4.260 votos, que ele obteve como candidato a vereador de Manaus, para expressivos 92.241 votos. Verdade é que ele se elegeu distribuindo dinheiro – nosso dinheiro! – e sabe lá o que mais.
A despeito de todas essas evidências, Riquinho e o pai (os serafins não merecem isso!) ainda insistem em posar de íntegros, numa afronta - do tamanho do Pico da Neblina - à perspicácia daqueles que sabem o que eles fizeram no verão passado.

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