quarta-feira, 20 de julho de 2011

Em Tempo insiste no erro


Por Hiel Levy

A coluna Contexto, do jornal Amazonas em Tempo, diz hoje: "Em discurso inflamado, (o vereador Leonel) Feitoza anunciou que processou (o presidente Isaac) Tayah civil e criminalmente após ter seu nome relacionado a uma sindicância instaurada na Casa. As informações foram repassadas pela assessoria de Tayah e publicadas no Em Tempo, mas depois negadas".
O jornal resiste em assumir um erro que foi só dele. Senão vejamos:
1 - A assessoria da Presidência tão somente respondeu aos questionamentos da repórter Emilly Ribeiro sobre a sindicância instaurada na Casa para apurar a emissão de documenos e em nenhum momento informou que havia qualquer conclusão a respeito do assunto, nem mencionou o nome de nenhum vereador. Foi o jornal que se precipitou. A manchete principal de sexta-feira foi: "Esquema de fraudes é descoberto na Câmara Municipal" (veja ao lado). Também foi o jornal que relacionou os vereadores Luiz Alberto Carijó e Leonel Feitoza ao assunto;
2 - A assessoria frisou que não teve acesso aos documentos e pediu para repassar informações mais detalhadas no dia seguinte, recebendo da repórter a informação de que a matéria não seria publicada na sexta-feira. Portanto, faltou apurar melhor o assunto, aguardar maiores informações. Por alguma razão, entretanto, o jornal decidiu publicar a matéria, mesmo incompleta, para posteriormente, no sábado, corrigi-la, tentando consertar o erro. O leite, entretanto, já estava derramado e o prejuízo para a imagem dos dois vereadores consolidado. Isso sem que eles tivessem qualquer envolvimento no assunto.
O Em Tempo passa por um momento delicado, depois da saída do administrador Guttemberg Alencar, responsável pela revitalização do jornal e dos outros veículos do grupo. Ele era, em última análise, a pessoa que controlava a linha editorial. Experiente politicamente, tinha a exata noção dos limites do que era publicado. Errava muito pouco.
A mudança na política de publicidade do Governo do Estado, que passou a investir menos no setor e hoje paralizou totalmente os gastos por conta de uma licitação em andamento, também afetou diretamente o grupo, até porque os anunciantes privados representam percentualmente muito menos na Rede Raman do que nos outros grandes conglomerados, como a Rede Calderaro e a Rede Amazônica.
Neste contexto (sem trocadilhos), a redação do jornal parece ter afrouxado seus controles e isso compromete a linha editorial, deixando o grupo exposto até mesmo a processos. É preciso rever a situação com urgência.

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