Deu no blog do Hiel Levy
Queridinho de boa parte da mídia local, o ex-senador Artur Neto está em Manaus borbulhando em jornais, programas de rádio e TV, depois de ser empossado na "academia" amazonense de letras. É a segunda vez em menos de um ano que ele desembarca no Brasil e por aqui passa pelo menos duas semanas. Qualquer trabalhador comum só poderia tirar férias depois de um ano de trabalho, mas o diplomata, que assumiu o posto de conselheiro político da Embaixada brasileira em Lisboa, Portugal, no início deste ano, tem um "empregão". Trabalha nesse prédio da foto ao lado, em região nobre da capital portuguesa, folga a hora que quer e não precia prestar contas a ninguém. Hoje ele explicou por que em entrevista ao radialista Waldir Corrêa, na rádio Difusora: "Eu me dou muito bem com o embaixador, é um amigo de longa data". Tá explicado!
Pois bem, o que Artur anda fazendo em Portugal? Uma visita ao site da Embaixada do Brasil em Lisboa (www.itamaraty.gov.br/pt-br/assuntos_politicos_e_juridicos.xml) explica. Ali, ele aparece como conselheiro responsável por informar o Brasil sobre a política interna portuguesa, atende no telefone 351 21 7248525 e é acessado pelo sugestivo endereço eletrônico politico@embaixadadobrasil.pt. Ao contrário de qualquer trabalhador brasileiro, entretanto, ele não precisa se empenhar tanto o ano inteiro para depois tirar merecidas férias. Pode dar duas escapadas de 15 dias no ano para Manaus e outras tantas para passear onde quiser. É um empregão, pago com o seu dinheiro e administrado pelo chefe "amigo", o embaixador Marcos Vilalba.
E ele já avisou: em março desembarca por aqui para ficar até o final do processo eleitoral, no fim do ano. Será que vai renunciar ao salário de diplomata? Se o fizer, vai viver de que? Que se saiba, Artur não tem empresa, sua esposa também não. Mas o filho é deputado estadual e o cunhado prefeito de Parintins. Pode estar aí à explicação para o ex-senador se planejar tão bem para "flanar" pelo Estado fazendo política sem fonte de renda oficial a bancá-lo.
Na conversa com Waldir, o bravateiro Artur não confirmou se viria candidato a prefeito de Manaus ou vereador. Disse que se recusou a mudar o título eleitoral para o Rio de Janeiro, onde, segundo ele, os tucanos queriam que disputasse a Prefeitura (não saiu uma única linha sobre isso na imprensa carioca) e também não quis se mudar para Brasília, cujo Governo poderia disputar a convite dos correligionários locais. Afirmou que prefere aguardar o julgamento de sua ação contra Eduardo Braga e Vanessa Grazziotin, mediante o qual tenta recuperar o mandato perdido, porque não se sente vocacionado para disputar a Prefeitura e desdenhou do cargo de vereador. Claro, pra que trocar a dolce vitta em Lisboa pela labuta diária na Câmara Municipal de Manaus? Você trocaria, leitor?
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