sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ninguém merece!



A celebração de mais um aniversário de Manaus remete a uma história de descaso, oportunismo e esculhambação administrativa. Basta olhar o estrago dos últimos mandatos e o caos urbano em que se transformou a cidade, nas administrações que se sucederam desde o início da década passada. De Amazonino, Artur, Eduardo, Alfredo, Serafim e Amazonino uma sucessão de vaidades e incapacidade gerencial do município que, sequer possui um Plano Diretor, muito menos saneamento básico, transporte coletivo de massa, saúde, segurança e educação a contento.

Onde tudo começou

Começou no inicio da década de 80, com o Boto que nomeou um prefeito biônico no rescaldo da ditadura militar. Mas foi quando assumiu a prefeitura em 1993, pela segunda vez, o prefeito Amazonino retomou sua gestão destrambelhada, caudilha e perdulária, sem atentar para os problemas estruturais, viários e de ocupação racional do espaço urbano, muito menos para as funções administrativas de Planejar e Controlar.

Seu antecessor, o atual senador tucano, Artur Neto, foi o último prefeito a cuidar pra valer de saneamento. Foi o último a colocar sistema de tubulação e drenagem nas Zonas Oeste, Sul e Leste, mesmo sabendo que o eleitor não iria ver seu trabalho subterrâneo. Canalizou e urbanizou o Igarapé do Franco em toda a extensão da Avenida Brasil, uma obra que o governo do Estado agora se meteu a reformar e só conseguiu irritar a população. Desde então, Amazonino e Eduardo Braga, depois Alfredo e Serafim e agora Amazonino de novo, o retrato urbano de Manaus não poderia ser mais deplorável.

Lixo, promiscuidade e informalidade

Um trânsito infernal, causado por obras tímidas, sem o mínimo de planejamento ou pela falta dele, que não previu o crescimento urbano nem planejou a abertura de ruas, viadutos e passagens de nível para escoamento viário. Governos que não recuperam há anos o calçamento e asfaltamento das ruas, fazendo dos recursos para esse fim oportunidades de negócios obscuros de propósitos sombrios. Governos municipais que deixaram o lixo, a promiscuidade e o comércio informal tomar conta do Centro, onde taxistas e ambulantes ocuparam a via pública em detrimento do ir e vir e uso coletivo das calçadas.
Fonte: Mascate.

Nenhum comentário:

Postar um comentário