sexta-feira, 27 de abril de 2012

Após pressão de Tayah, IMPLURB manda Plano Diretor a CMM


Por Priscila Caldas
Foto – Plutarco Botelho



O projeto que contempla o Plano Diretor de Manaus (PDM) foi entregue na manhã desta sexta-feira (27) pelo secretário do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), Manoel Ribeiro, ao presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Isaac Tayah (PSD). A partir de agora, a Casa tem a responsabilidade avaliar e discutir o conteúdo, no prazo de oito meses, determinado pelo Ministério Público do Estado (MPE). O estudo será feito por Comissões que devem ter os nomes dos integrantes designados pelo presidente na próxima semana.
De acordo com Tayah, o propósito é rediscutir o Plano, permitindo o acesso das informações à população. “Temos a maior responsabilidade no término do Projeto. Para isso, faremos rediscussões por meio das equipes que vão liderar os temas como transporte e meio ambiente. Também queremos criar um local, de fácil acesso, para que as pessoas possam assistir às discussões”, disse, ao declarar que sempre demonstrou pressa em receber o projeto, vindo do Implurb, pela proximidade do período eleitoral, para não causar improbidade administrativa e para ter maior tempo para os estudos. Ao receber o Plano, entregue em um conteúdo de três volumes, o presidente agradeceu Ribeiro e disse entender a demora no repasse do Plano. Ele afirmou que a CMM, assim como o Implurb, também necessitará de ajuda técnica a fim de que o resultado ofereça desenvolvimento à capital. “Como o projeto trata de questões técnicas, também vamos precisar da ajuda de profissionais das respectivas áreas. Temos que considerar que problemas como a acessibilidade não existem somente aqui, mas em todo o país”, explicou, ao afirmar que o resultado será contemplado ha longo prazo, pela futura geração.
O presidente do Implurb, disse que a revisão foi uma missão difícil, porém, prazerosa, porque contribuirá para mudanças positivas na capital. Ele salientou que o auxílio técnico da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) foi essencial para a viabilização e justificou a demora na entrega, por ser um conteúdo extenso e criterioso. “Esse projeto servirá para o futuro de Manaus. Ele trás a responsabilidade de mudanças na cultura de parâmetros urbanísticos e ambientais, que devem proporcionar melhor qualidade de vida aos habitantes”.
O estudo do Plano Diretor demorou seis meses para ser concluído pela Secretaria, foi alvo de questionários distribuídos a 2,5 manauenses, e da realização de 18 audiências públicas, que tiveram a participação de mais de três mil pessoas. Todas as informações obtidas nos estudos foram reunidas em um banco de dados, que passaram por um crivo técnico e jurídico. “Essa revisão foi um grande desafio. Escutamos tanto o setor econômico, quanto o acadêmico da cidade, além de termos a contribuição da população. Isso foi um marco na história da cidade”, disse o coordenador de negócios e cooperação da Fucapi, Renato Frota.

Nenhum comentário:

Postar um comentário