Custo do estádio da Copa subiu de R$ 530 milhões para R$ 616 milhões
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O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu ontem (18) um relatório que identificou sobrepreço de R$ 86,5 milhões nas obras da Arena Amazônia, estádio que vem sendo erguido em Manaus para a Copa do Mundo.
De acordo com o TCU, o custo da arena chegou aos R$ 615,9 milhões, valor 15,7% superior ao orçamento apresentado no ano passado, de R$ 532 milhões.
Enquanto as irregularidades não forem resolvidas, o TCU recomenda ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que suspenda a liberação dos 20% referentes à primeira parcela do empréstimo de R$ 400 milhões.
Segundo a auditoria, o maior volume de sobrepreço estaria nos custos da chamada "administração local" da obra do estádio. É o caso do item que discrimina o pagamento aos funcionários que, segundo o TCU, contém duplicidade de custos.
O ministro do TCU, Valmir Campelo, explica na auditoria que, mesmo se essa duplicidade for relevada, a Arena Amazônia continuaria como o estádio com maior quantidade de profissionais por número de assentos.
Ítens como contratação de vigilantes, dutos com isolamento para ar-condicionado e custo da fibra de vidro também apresentam irregularidades.
Na mira
A Arena Amazônia é objeto de auditorias do TCU desde 2010. Na ocasião, a primeira análise, feita em 80% do orçamento da obra, havia identificado sobrepreço de R$ 114,9 milhões nos materiais.
A Arena Amazônia é objeto de auditorias do TCU desde 2010. Na ocasião, a primeira análise, feita em 80% do orçamento da obra, havia identificado sobrepreço de R$ 114,9 milhões nos materiais.
À época, o governo estadual admitiu sobrepreço de R$ 48,1 milhões na obra. Agora, o valor dos materiais contratados acima do valor de mercado chega a R$ 86,5 milhões.
Mesmo contando apenas com recursos atuais, a construção da arena da Copa em Manaus alcançou 39% de execução, contando com 1.200 operários no canteiro. A data de entrega do estádio é junho de 2013.
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