No último debate da corrida eleitoral pela Prefeitura de São Paulo, promovido pela TV Globo na noite desta sexta-feira (26), o candidato do PT, Fernando Haddad, ironizou o adversário José Serra (PSDB) em relação às suas propostas de ampliação do Bilhete Único e de reciclagem de professores. O tucano, por sua vez, usou o processo do mensalão --que está sendo julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e já tem ex-integrantes da cúpula petista condenados-- para dizer que, com o dinheiro público desviado pelo o esquema, seria possível construir 400 unidades da AMA (Assistência Médica Ambulatorial) na capital paulista.
O debate também foi marcado pelos ataques de Haddad, líder nas pesquisas, à gestão do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), que foi vice de Serra e o apoia nesta eleição. Segundo o Ibope, o programa teve média de audiência de 21,4 pontos --cada ponto equivale a 60 mil domicílios da Grande São Paulo.
Mensalão custou 400 AMAs, diz tucano
Ao citar o mensalão, Serra também usou, pela primeira vez em toda a campanha, uma comparação entre o dinheiro desviado no mensalão e uma realidade local.
"O volume de dinheiro desviado, em valores atuais, se aproxima de R$ 200 milhões. Daria para fazer 400 AMAs em São Paulo. Mensalão é tirar dinheiro do povo", disse Serra.
"Hoje quando se fala em corrupção, a lembrança imediata é o mensalão. Eu queria que você explicasse, Fernando Haddad, aos paulistanos, como isso aconteceu", questionou o tucano.
O petista respondeu dizendo que seu partido nunca teve “dificuldade em aprofundar as investigações”. "Serra, mais do que eu, talvez você pudesse responder. Porque tudo isso começou em Minas Gerais, com o PSDB, que vai ser julgado agora. Na sequência desse julgamento que se encerra, começa o julgamento do mensalão tucano", afirmou o Haddad.
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