O Palácio do Planalto se recusou a informar, antes do término das eleições, o valor gasto pela Presidência nas viagens da presidente Dilma Rousseff para eventos eleitorais durante a campanha.
Segundo a legislação eleitoral, esses gastos têm de ser ressarcidos pelo partido dos candidatos em cujo palanque a presidente subiu: quatro do PT e um do PC do B.
Para isso, a Presidência precisa cobrar o partido. Nesse sentido, o Planalto criou, em 6 de julho deste ano, regras definindo prazos, procedimentos e quais gastos deveriam ser ressarcidos.
Por essa norma, os custos com o combustível usado em veículos oficiais para deslocamentos aéreos e terrestres, e locação de veículos particulares, devem ser informados à Secretaria Geral da Presidência até três dias úteis a partir do fim da viagem.
Assim, em tese, o Planalto já tem em seu poder os custos a serem ressarcidos pelo PT nas viagens feitas pela presidente a São Paulo (duas vezes), Campinas, Belo Horizonte e Salvador. Também já deveria estar definido qual foi o valor gasto na viagem a Manaus, na segunda-feira.
No entanto, esses dados não foram informados à Folha, mesmo após insistentes pedidos feitos desde terça.
O Planalto não apresentou justificativa para não divulgar os valores. Disse que só divulgaria essas informações dez dias úteis depois do fim do segundo turno.
Ontem o candidato José Serra (PSDB) criticou Dilma: "A própria presidente viaja com dinheiro do contribuinte para São Paulo, viagens que não custam menos de R$ 1 milhão. O PT usando o governo como propriedade particular, propriedade privada, como se pertencesse a eles".
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