O deputado estadual Abdala Fraxe (PTN), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), criticou a ineficiência do governo federal em tomar providências para encontrar os três homens desaparecidos há 11 dias, no município de Humaitá (a 675 quilômetros de Manaus). Eles foram vistos a última vez na BR-320 (Transamazônica), dentro da reserva indígena Tenharim.
O parlamentar afirmou que a presidente Dilma Rousseff (PT) precisa imediatamente tomar medidas para solucionar os problemas na rodovia, onde os indígenas cobram pedágio para quem passa pelo local. "Os três brasileiros que estão desaparecidos precisam aparecer. A estrada tem que ser desbloqueada. Esse pedágio cobrado pelos indígenas é um verdadeiro escárnio ao direito de ir e vir do povo brasileiro", ressaltou.
Fraxe citou, ainda, os pedágios cobrados nas reservas Roosevelt, em Rondônia, e Waimiri Atroari, entre o Amazonas e Roraima. "Os direitos dos povos indígenas estão mais do que assegurados, porém esses abusos precisam ser veemente combatidos. A falta de vontade política da presidente Dilma para resolver várias questões da nossa região é de uma crueldade sem tamanho", completou, ao convocar instituições como Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Chico Mendes, Terra Legal e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para se pronunciarem sobre o assunto.
Trio desaparecido
Os três homens desaparecidos são Aldeney Ribeiro Salvador, funcionário da Eletrobras Amazonas Energia, Stef Pinheiro de Souza, professor da rede municipal, e Luciano da Conceição Ferreira Freire, representante comercial. Eles teriam saído, no último dia 16, de Humaitá em um veículo preto, com destino a Manicoré.
Devido a falta de notícias sobre os desaparecidos, familiares e a população de Humaitá têm feito, nos últimos dias, uma série de protestos, inclusive com a queima de veículos da Funai, pois a família acredita que os homens podem ter sido vítimas de ações dos indígenas da reserva. A Polícia Federal do Amazonas investiga o caso.
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