sábado, 28 de dezembro de 2013

Tiro que matou investigador da DERFD saiu de arma de outro policial

O tiro que matou o investigador Edson Cota, 45, no dia 21 de outubro, durante uma operação da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), foi disparado da arma do também policial civil Abner Ferreira Miranda, 41. A confirmação do disparo foi divulgada na tarde desta sexta-feira (27), pelo diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), Emerson Negreiros.

"Para chegarmos a esse resultado tivemos que dispor de diversas pericias técnicas, e foi necessário reunir oito pericias ao todo para que nesse conjunto conseguíssemos provar isso tudo. Mas o fator determinante para chegarmos a essa conclusão foi à sonoplastia e junto com as imagens cedidas por uma empresa de comunicação chegamos ao resultado final", explicou.

De acordo com Negreiros, a arma utilizada pelo investigador foi uma PT 40 e a bala que atingiu o tórax esquerdo e perfurou o pulmão matando o polícia na hora ficou totalmente destruído no corpo dele. Para o diretor da DPM, se Cota estivesse usando o colete à prova de balas poderia ter evitado o acidente.

"Hoje toda a polícia civil possui seus kit individual, que contem o colete a arma de fogo. Não temos a informação de que o colete do Cota foi cedido para alguma repórter no momento da operação, mas com certeza o uso dele seria necessário para minimizar ou evitar esse fim trágico", afirmou.

Negreiros explicou que o policial Abner Ferreira vai responder pelo crime de homicídio culposo, mesmo assim ainda continua exercendo sua função na polícia e está recebendo acompanhamento do setor de Controle de Avaliação da corporação.
 
"Mesmo sem ter dito a intenção de matar seu colega, mas o fato ocorreu, e se ocorreu ele deve ser indiciado e vai responde por homicídio culposo", finalizou.

O diretor do DPM disse ainda que foi surpreendido com a operação da DRF, que não chegou a ser avisada como ocorre em todas as operações da polícia civil. "Todas as operações que acontecem são planejadas. Essa situação estava sendo acompanhada pela DRF e fomos surpreendidos porque não tínhamos conhecimento dessa operação que ocorreu esse fato. Mas isso é uma situação administrativa que vai ser apurar pela Corregedoria", destacou.

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