terça-feira, 19 de outubro de 2010
Amazonas tem quatro deslizamentos em duas semanas; cinco continuam desaparecidos
Pelo menos quatro deslizamentos de terra atingiram trechos localizados nas margens dos rios Negro e Solimões, no Amazonas, nas últimas duas semanas. Os deslizes ocorreram em Manaus, Manacapuru, Iranduba e São Paulo de Olivença. Cinco pessoas estão desaparecidas --entre elas, três crianças.
O último deslizamento aconteceu em Manacapuru (a 80 km de Manaus), no bairro Terra Preta, às 5h desta terça-feira (19). Duas casas --uma delas flutuante-- foram atingidas. Três irmãos estão desaparecidos: Beatriz da Silva Leite, 10; Zilvana da Silva Leite, 5; e Anderson da Silva Leite, 1, segundo informações do Corpo de Bombeiros.
Além dos bombeiros de Manacapuru, 20 homens do batalhão de Manaus e três da Força Nacional, além de um cão farejador, estão ajudando nas buscas às crianças. Outras duas casas correm o risco de desabar.
Porto Chibatão
Nesse domingo (17), um deslizamento atingiu o porto Chibatão, em Manaus, e causou o afundamento de mais de 60 contêineres e 40 baús de carga nas margens do rio Negro, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Silvio Barbosa, 31, e Pedro Paulo da Silva, 63, que trabalhavam no porto --que é de propriedade particular-- estão desaparecidos.
O acidente ocorreu em uma área equivalente a dez campos de futebol, onde estava sendo feita uma obra de terraplanagem. Pelo menos 95 bombeiros trabalham nas buscas --85 homens em terra e 10 mergulhadores, apoiados por três lanchas e uma balsa com retroescavadeira.
As equipes também trabalham para retirar os equipamentos submersos, além de cobrir a área com sacos plásticos para evitar que as carretas localizadas às margens possam ser atingidas por novos deslizamentos.
Até o momento, a Defesa Civil não divulgou as causas do deslizamento e os impactos ambientais causados na região. A Polícia Civil iniciará uma perícia nos próximos dias. Também não há uma estimativa do prejuízo causado.
O porto Chibatão é o maior complexo portuário privado do Amazonas e está localizado à margem esquerda do rio Negro, com uma área de 217 mil metros quadrados.
Os equipamentos que afundaram carregavam insumos para o comércio e polo industrial de Manaus. De acordo com os bombeiros, não houve derramamento de produtos químicos no rio.
Outros deslizamentos
Ontem, um outro deslizamento atingiu o município de Iranduba (a 22 km de Manaus), que fica na margem direita do rio Negro. Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve vítimas e danos materiais.
Há duas semanas, em São Paulo de Olivença (a 955 km de Manaus), 25 casas foram totalmente destruídas e 39 ficaram danificadas por deslizamentos de terra provocados pelo baixo nível do rio Solimões.
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