terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tragédia em Manacapuru



Anderson da Silva Leite, 10 ano, Silvana da Silva Leite, 5 anos e Beatriz da Silva Leite, 1 anos, morreram por volta das 5 horas da manhã desta terça-feira, 19, em Manacapuru (AM), soterrados por grande quantidade de terra que desabou sobre a casa flutuante que moravam na orla do Rio Solimões. Até o momento os corpos das crianças não localizados pelas equipes de resgates.

O desabamento foi de tamanha proporção que, no momento em que os três irmãos eram soterrados, outras casas flutuantes e cinco embarcações, também, eram atingidos pela queda de terra em pontos distintos, embora todos eles localizados no bairro da Terra Preta.

O flutuante em que moravam as crianças ficou totalmente destruído. Duas embarcações foram para o fundo. Outros deslizamentos, segundo previsão da Defesa Civil do Município podem ocorrer a qualquer momento.

Para evitar surpresas, o prefeito Angelus Figueira (PV) providenciou para que todos fossem retirados das áreas que oferecem maior risco de desabamento.

Os flutuantes foram transferidos para a praia do Meio, localizada em frente da cidade, enquanto oito famílias, que moravam nas casas flutuantes atingidas pela terra, foram abrigadas no Centro de Convenções da Igreja Assembléia de Deus.

No local do desabamento, ocorrido pela força da seca dos rios na região, já se encontram 20 integrantes do Corpo de Bombeiros de Manaus, além de um helicóptero, pertencente ao Governo do Estado, e Policiais Militares de sobreaviso.

A morte das crianças causou comoção entre os moradores do bairro da Terra Preta, que é o mais antigo de Manacapuru.

No Amazonas, morar em casas flutuantes ou em palafitas próximo ao rio é um costume que faz parte da cultura, principalmente, dos povos que habitam o interior do estado nas das regiões ribeirinhas.

Até o início dos anos 70, um dos bairros mais populosos de Manaus estava no Rio Negro, bem em frente da cidade. Conhecido pelo nome de Cidade Flutuante, no local, que serviu de cenário para um filme protagonizado por Jean Paul Belmonte, moravam cerca de 25 mil pessoas.

Fonte: Repórter Jornal de Opinião

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