"A Câmara Municipal de Manaus, o Parlamento, existe para a votação de projetos, seja a favor, seja contra. Não tem porque ficar protelando as decisões. Nessa presidência, todo parlamentar tem sido tratado com tratamento igualitário, cada um faz a defesa de seus pontos de vista, vota de acordo com as suas convicções, mas emperrar votações é algo intolerável porque a população espera decisão e não omissão". Essa foi à posição manifestada pelo presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador Luiz Alberto Carijó (PTB), em reposta as manifestações contrárias dos vereadores de oposição que utilizaram todas as manobras regimentais possíveis para continuar discutindo o denominado projeto "Zona Azul", que cria áreas de estacionamento rotativo na cidade.
Carijó lembrou que o projeto estava a quase dois meses tramitando na Casa, sem um posicionamento de aprovação ou rejeição. Não se pode restringir um projeto como esse de grande interesse para o ordenamento do trânsito da nossa cidade pela ótica estreita de criar um fato político. Fizemos uma votação anterior, onde o projeto foi aprovado. Ocorreram reclamações de que eu teria atropelado as normas de tramitação do projeto, só para aprovar mais rapidamente a matéria. Para que não dissessem que essa Casa não respeita seus membros, e não tem zelo com as questões públicas, encaminhei o projeto para nova apreciação dos meus pares, abrimos para apresentação de emendas, deliberações nas comissões e nova votação."Há ninguém foi negado o direito de livre manifestação e declaração de voto", argumentou Carijó, relembrando as várias fases de tramitação da matéria. "Mas, há um momento que a matéria tem que vir a plenário para votação e, historicamente, como em todo processo democrático, a maioria vence".
Refém
Como determina o Regimento Interno da Casa, o presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador Luiz Alberto Carijó, não participou da votação, já que manifestação de voto de quem preside a Casa se dá apenas em caso de desempate nas votações. Mas, Carijó, não se eximiu de se posicionar sobre as reclamações de um grupo de integrantes da Associação dos Guardadores e Lavadores de Automotores do Estado do Amazonas que ocupou a galeria da Casa, durante a votação de ontem, chegando até mesmo a invadir o plenário da Câmara.
"Vamos sempre buscar uma alternativa para os trabalhadores que atuam nessa área. Eles vão poder atuar conjuntamente com a empresa, mas agora têm que ser cadastrados, atuar da forma organizada e séria. Porque todos os levantamentos, pesquisas, toda busca de informação feita pelos órgãos de trânsito, levou ao conhecimento da Prefeitura, a insatisfação da população com muitos dos trabalhadores que atuam como flanelinhas. Isso foi dito pela própria população que se disse refém da imposição da cobrança por parte deles e até acusações de avarias no veículo", disse Carijó, acrescentando ser favorável ao projeto. "Manaus está passando por um processo de estrangulamento no trânsito e Prefeitura tem que dar uma resposta imediata para esse problema".
Fonte: Any Margareth Assessoria da Presidência
Fotografia: Plutarco Botelho
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