quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Banco Comunitário - moeda social


Manaus será contemplada com o Projeto Bancos Comunitários na Amazônia, uma iniciativa do Ministério do Trabalho e Emprego, via Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES), que na região Norte é coordenado pelo Instituto Capital Social, de Belém (PA). O projeto está sendo implantado na Associação de Moradores do bairro Colônia Antônio Aleixo, Zona Leste. O lançamento do Projeto será no dia 24 de setembro (sábado), às 19h – Local: Rua Getúlio Vargas, na Praça Tancredo Neves (ao lado da delegacia), na Colônia Antônio Aleixo.

   Os bancos comunitários são uma nova modalidade de instituição financeira que consistem em oferecer serviços financeiros em rede de natureza associativa e comunitária. Estão voltados à geração de emprego e renda, na perspectiva de reorganizar as economias locais tendo por base os princípios da economia solidária, como: autogestão, solidariedade, cooperação e sustentação econômica. É uma iniciativa que visa a democratização do crédito.
Funcionamento
   Ao contrário das instituições financeiras convencionais, os bancos comunitários possuem algumas características próprias. É a própria comunidade quem decide se o banco será ou não criado. E ao ser instalado, a comunidade é a proprietária e gestora do banco que atua sempre com duas linhas de crédito: uma em real e outra em moeda social circulante, apenas nas comunidades de sua área de abrangência. "Por meio desse sistema, os bancos comunitários apóiam os empreendimentos em suas estratégias de comercialização, criando feiras de ecosol, lojas solidárias e outras atividades. Atuam ainda em comunidades caracterizadas pela desigualdade social.
   Eles também podem oferecer empréstimos de consumo e produtivo em moeda social e nacional (real), com juros abaixo do mercado, sem consulta ao SPC e Serasa. Quem avaliza o empréstimo é a própria comunidade. Estão também entre os serviços, a abertura de conta corrente, recebimento de convênios, boletos bancários, pagamentos de aposentadorias e outros benefícios. Mas para fazer todas essas operações o Banco Comunitário precisa estar conveniado com um Banco Oficial.
Moeda social
   A moeda social (moeda circulante social) é complementar ao real e é criada pelo próprio Banco Comunitário com o objetivo de fazer com que o dinheiro circule na própria comunidade, aumentando o poder de comercialização, a riqueza e gerando emprego e renda no local. Trata-se, portanto, de uma estratégia para incentivar o consumo local.
   A moeda social também tem algumas características como própria, lastros em moeda nacional (o real), que garante para cada moeda social emitida, um correspondente em real. É confeccionada com componentes de segurança (papel moeda, marca d'água, código de barra e número serial) para evitar falsificação e poder ser utilizada em todo o comércio local.
     A parceria será sempre o caminho para o sucesso dos bancos comunitários. Porém organizar a sociedade para reconhecer as políticas públicas como instrumentos indispensáveis para a superação da pobreza de forma sustentável é fundamental.

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