O presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, senador Eduardo Braga (PMDB), participou na manhã de hoje (21) do 2º Simpósio de Ciência e Tecnologia e Informação (CT&I) da Marinha do Brasil. O evento ocorre até o dia 23 deste mês no Centro de Pesquisas da Petrobras do Rio de Janeiro. Na ocasião, o senador falou sobre "A Inserção do Espaço Oceânico na Política de Estado para CT&I", em que destacou a importância do investimento em ciência para o progresso do País, em especial, da faixa de mar chamada hoje de Amazônia Azul.
“É essencial que o Brasil fuja do estereótipo de um produtor/exportador puro e simples de commodities e de produtos com baixo ou nenhum valor agregado. Somente conseguiremos galgar mais degraus nessa jornada se tivermos uma indústria e uma academia sólidas, que possibilitem o devido crescimento para a nossa economia e a assunção desta posição de destaque para o cenário internacional”, disse.
Na palestra, Eduardo Braga lembrou que, segundo o que foi determinado na Convenção das Nações Unidos sobre o Direito do Mar, em 1994, os países têm o direito à exploração do leito e do subsolo marinho de suas faixas litorâneas. O Brasil, informou o senador, que hoje é soberano sobre uma faixa de 200 milhas de mar, poderá ter 900 mil quilômetros quadrados adicionais, segundo estudo do Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira.
“É quase uma Amazônia territorial de faixa litorânea. Temos aqui, justamente, o que parece uma nova, imensa e rica fronteira de exploração, para a qual o Brasil precisa estabelecer ações e gestão necessárias ao conhecimento dos seus recursos e limites de exploração, além das estratégias adequadas para a sua ocupação e defesas”, ressaltou.
Braga disse ainda que essa exploração econômica das faixas de mar, batizada pela Marinha de Amazônia Azul, necessita de desenvolvimento de uma política de pesquisa e inovação, além desenvolvimento de ambiente científico propício.
“Podemos citar, claramente, a necessidade de que haja um maior incentivo à formação de novos cientistas nas chamadas “ciências do mar”, como biologia marinha, engenharia aquicultura, engenharia de pesca, geofísica marinha e oceanografia”, explicou.
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