Encontrar uma solução para o sistema de transporte público da cidade. Foi o propósito da segunda etapa de discussões do Primeiro Seminário de Transporte Coletivo Urbano que abordou o tema ‘Modais de Transporte de Média Capacidade – Alternativas de Melhorias ao Sistema de Transporte Público’, realizada na manhã desta sexta-feira (16). O encontro é realizado pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) e conta com a participação dos parlamentares, do Superintendente Municipal de Transportes Urbanos, Marcos Cavalcante e de técnicos relacionados à área.
Durante a manhã, os participantes puderam ter mais informações sobre as modalidades de transportes como monotrilho, BRT e VLT. Discursaram os especialistas Richard Dubois, Eduardo Fontes, Raul de Bonis e Nilo Borges.
Segundo Dubois, que é engenheiro da empresa PWC, Manaus não está em situação diferente de outras regiões do país que também sofrem com o aumento diário da frota de veículos. O técnico considera que o monotrilho seria um transporte apropriado para a capital. “Nas cidades mais desenvolvidas a população não utiliza os coletivos por falta de dinheiro, mas porque o sistema funciona e oferece qualidade e isso deveria acontecer aqui também”, disse.
De acordo com o representante da empresa Marcopolo, Nilo Borges, o BRT seria uma solução viável para o caso. O projeto foi criado por um brasileiro na década de 70 e tem sido utilizado em vários países. “O BRT é um modelo transporte sobre pneus, é rápido, flexível, oferece conforto e requer mudança na cultura dos operadores do sistema”, explicou. Borges também disse que esse transporte representaria baixo custo na implantação e na utilização. “É preciso quebrar o paradigma de que o uso de transporte público é para pobre. Temos que apresentar soluções para que mais pessoas andem de ônibus”.
O presidente da Casa, vereador Isaac Tayah (PTB), considera que o encontro está sendo produtivo, com avaliações técnicas, fugindo de discursos políticos. Tayah afirmou que o resultado de Seminário será entregue ao Ministério Público do Estado (MPE). “O seminário está sendo técnico. Temos que trabalhar em conjunto com o Governo do Estado, junto à comunidade e aos técnicos. Estamos analisando as verdadeiras formas de modais e vamos encaminhar o resumo ao MPE e à imprensa para que todos saibam do resultado porque esse é o nosso interesse”, explicou o presidente.
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