Brasília - O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva será o responsável por armar acordos políticos no Rio de Janeiro e no Ceará para as eleições do próximo ano, que não prejudiquem a aliança entre o PT e o PMDB no âmbito nacional.
Esta foi uma das decisões tomadas em reunião entre as lideranças do PT e do PMDB, na Granja do Torno, em Brasília, no sábado, que teve como objetivo principal aparar arestas de alianças estaduais que têm potencial de comprometer ou tensionar a renovação da aliança nacional entre os dois partidos.
Caciques peemedebistas têm usado a renovação da aliança nacional em torno da candidatura da presidente Dilma Rousseff para pressionar por acordos regionais. A situação é tensa em pelo menos seis Estados, que foram alvo de análise detalhada na reunião de sábado na Granja do Torto, com a presidente Dilma, o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Henrique Eduardo Alves, o ex-presidente Lula, entre outros.
Há mais de um mês os peemedebistas estão pressionando Dilma e o PT a definir as alianças regionais que consideram chaves. Um grupo mais exaltado chegou a propor a antecipação da convenção nacional do partido -- normalmente realizada no mês de julho de anos eleitorais--, que definirá qual o destino do PMDB na disputa nacional.
Dilma e o PT evitaram avançar nessas negociações até que a eleição interna petista reelegesse o atual presidente da legenda, Rui Falcão. No sábado, com a disputa petista resolvida, o ex-presidente Lula foi chamado por Dilma para ajudar nas negociações com o PMDB nos Estados.
O grande problema para a aliança nacional são os acordos no Paraná e no Rio de Janeiro.
"O cenário para a aliança nacional é favorável, mas precisa ter uma margem de segurança. Hoje tem uma margem estreita (na convenção)", disse à Reuters o peemedebista, sob condição de anonimato, nesta segunda-feira, ao comentar a reunião de sábado.
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