Criança brinca com fogo e provoca incêndio na Zona Sul de Manaus

 O Conselheiro Tutelar da Zona Centro-Sul da Capital, Kirk Sado, disse que uma criança, de apenas quatro anos de idade, pode ter provocado o incêndio que resultou na destruição, de ao menos 10 casas, nesta terça-feira (24),em uma favela localizada na Rua General Glicério com Rua Manicoré, no Bairro Cachoeirinha, zona Centro-Sul. “O pai que estava com a criança de aproximandamente quatro anos, confirmou que o filho estava brincando com fósforo e ateou fogo no colchão. O pai tentou, mas não conseguiu apagar, até porque eles moravam em quartos pequenos.”

De acordo com o Conselheiro Tutelar, se for comprovado que a criança causou o incêndio, os pais do menino podem ser atuados por negligência. “Os pais podem ser responsabilizados por negligência, deixarem crianças manusearem materiais que são inflamáveis.”

O menino que supostamente teria provocado o incêndio, teve queimadura leves e foi atendido pela Médica do Samu, Alessandra Said. “A criança teve apenas queimaduras leves, sem necessidade de nenhum tipo de medicação.”

O fogo se espalhou rapidamente, devido ao vento forte e também porque grande parte das casas atingidas era de madeira. O Comandante da Operação de Combate ao Incêndio, Major Ruas Braga, disse que os bombeiros utilizaram todos os recursos disponíveis para debelar as chamas o mais rápido possível. “Chegamos com seis viaturas e, no total, empregamos oitenta homens e mais de 100 mil litros de água.”

O casa Luís Alberto e Jacqueline Batista, juntamente com filho de dois anos moravam na vila há cerca de cinco meses e perderam tudo o que tinham. “Não deu tempo de pegar nada. Nem documento, disse Jacqueline. Ainda sob o impacto do incêndio, o marido, Luís Alberto, disse que ainda não acreditava no que havia acontecido. “Quando chegamos aqui, não deu p’ra salvar nada. O fogo já tinha tomado conta de tudo. Eu só fiquei com a roupa do corpo.”

O incêndio, que teve início por volta das 10h40 desta terça, foi controlado cerca de uma hora depois. Durante o combate ao incêndio, as Ruas General Glicério e Manicoré, e algumas vias adjacentes ficaram interditadas. As famílias que tiveram as casas destruídas pelo fogo foram cadastradas pela Defesa Civil, que deve ajudá-las com abrigo, roupas e alimentos.

Representantes do Governo do Estado estiveram presentes durante todo dia no local do incêndio, dando apoio aos moradores que tiveram as casas destruídas, por meio das assistentes sociais do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim). O coordenador Frank Lima disse que o local afetado está dentro da área de intervenção do programa e que o processo de assentamento dos moradores afetados vai ser agilizado. Ele adiantou que o remanejamento poderá ser em forma de aluguel social ou por meio de indenização, conforme a situação e opção disponível para cada morador.