terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Reabertura da Santa Casa é questionada


MANAUS- A possibilidade de reabertura da Santa Casa de Misericórdia como um ‘shopping da saúde’ foi rechaçada pela diretora-presidente do estabelecimento, Ana Selma Pinheiro. Ela desmentiu as afirmações do diretor-presidente Canindé Marinho sobre as atividades que estariam programadas para iniciar no próximo dia 30, divulgadas em matéria na semana passada.

Selma explicou que teme que o grupo que anuncia a reabertura da Santa Casa possa estar utilizando o nome da instituição para qualquer tipo de pedido ou recurso financeiro. Ela afirmou que a direção ainda permanece sob sua responsabilidade desde 2007 até novembro de 2014.

“Em 2012 marcamos uma assembleia, que foi publicada no Diário Oficial do Município, para os associados, com a finalidade de ser feito uma eleição para a direção, porém ninguém compareceu, portanto a antiga diretoria ficou com mais um mandado”, explicou.

Ana Selma explicou que a Santa Casa de Misericórdia possui dívidas com os ex-funcionários e com as companhias de água e energia. Por conta das dívidas com os trabalhadores, foi feito um leilão dos móveis, que reduziu o débito de R$ 12 milhões para R$ 8 milhões.

“Muitos dos funcionários abriram mão do pagamento. Não temos nenhum problema com bancos, porém precisamos cumprir as normas do Ministério Público do Trabalho, em que qualquer R$ 1 que entre, deve ser encaminhado para a quitação das dívidas com os funcionários”, detalhou.

Desde que a Santa Casa de Misericórdia foi fechada, a direção vem trabalhando para a quitação das dívidas. Sobre o professor Canindé, a diretora-presidente informou não conhecê-lo nem entre os 20 associados.
 
Um novo grupo
Em setembro do ano passado, Ana Selma soube, por meio da mídia local, que uma reunião para a eleição da nova diretoria da Santa Casa de Misericórdia estava marcada no auditório do Instituto de Educação do Amazonas (IEA).

Ela compareceu no dia e hora marcados, mas a reunião não foi iniciada por ausência de colaboradores.

“Procurei o Ministério Público Estadual e fiz o Boletim de Ocorrência para relatar a situação, pois há uma direção na Santa Casa e me vi obrigada a comparecer nessa reunião para poder explicar todo o processo. Não podemos abrir as portas da forma como a Santa Casa de Misericórdia se encontra”, disse.  

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