MANAUS- Daiana Pires dos Santos, 22, acusada de cortar a barriga de uma mulher para lhe retirar e roubar o bebê no nono mês de gravidez, foi condenada nesta quarta-feira (27), a 13 anos e quatro meses de prisão.
Dessa penalidade, lida pelo juiz da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Mauro Antony, 11 anos e oito meses foram referentes à subtração de incapaz e um ano e seis meses por tentativa de homicídio.
O crime aconteceu em 25 de setembro do ano passado, quando Daiana atacou Odete Pego Barreto, 23, após atrai-la para sua casa, no Distrito Industrial I, atingindo-a com uma tábua de cortar carne, deixando-a desacordada. Nesse momento, a ré cortou a barriga da gestante e retirou-lhe o bebê, levando-o e deixando a vítima sangrando, à beira da morte. Mãe e criança sobreviveram ao ataque.
Antes de iniciar o júri, o titular da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Mauro Antony, explicou Odete não havia comparecido ao julgamento, pelo fato de ela morar no interior, mas que a situação não prejudicaria a sessão, pois seriam aproveitados os seus depoimentos tanto na delegacia quanto na audiência de instrução no ano passado.
No julgamento, assim como na audiência, Daiana alegou não se lembrar de muita coisa. "Acho que foi o demônio que entrou em minha vida, pois eu não via nada", disse, no momento em que o promotor perguntava como havia conseguido retirar a criança no parto.
Sua visão ficou escura e só veio se da conta do que havia acontecido quando chegou à maternidade. Ao chorar em frente ao juiz, Daiana pediu perdão para Odete, mesmo a vítima não estando presente, e disse estar arrependida do que havia feito.
Ao final do julgamento, o advogado informou que Daiana, por já ter cumprido um ano e meio de prisão, poderia ser, em oito meses, transferida para o regime semiaberto, pois nesse período dentro do presídio está estudando e trabalhando, ato que colabora para a diminuição da pena.
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