O deputado estadual Luiz Castro (PPS) cobrou mais transparência do Executivo Estadual sobre os custos adicionais da ponte sobre o rio Negro. Ele lembrou, na manhã desta terça-feira, no plenário da Assembléia Legislativa do Amazonas, que o acréscimo de R$255 milhões no valor original da obra ultrapassa os limites estabelecidos pela Lei Federal Nº 866/93.
“É preciso muito cuidado com as obras públicas, porque elas podem representar desperdício de dinheiro da sociedade”, disse Castro, ao sugerir a contratação de uma auditoria independente para analisar os custos da construção da ponte.
Para Castro, apesar do respaldo da Procuradoria Geral do Estado (PGE), o acréscimo de mais de 25% sobre o valor inicial da obra e o conseqüente desrespeito a uma lei federal poderá ocasionar desgaste político, além de um grande problema jurídico.
“O fato é que todos esses custos adicionais não foram esclarecidos para a população”, observou o deputado. Ele também destacou a importância da população ser informada sobre como o dinheiro público está sendo utilizando, principalmente em grandes obras, como a da construção da ponte sobre o rio Negro.
Obra
Com os aditivos, a obra, que inicialmente custaria R$574 milhões, terá um preço global de R$861 milhões – o que significa dizer que cada um dos seus quatro quilômetros vai custar o equivalente a R$251,2 milhões.
A ponte sobre o Rio Negro vai interligar a região metropolitana de Manaus à cidade de Iranduba, entre a Ponta do Ouvidor, no bairro da Compensa, em Manaus, e Ponta do Pepeta, em Iranduba.
O projeto de construção da ponte terá dois trechos convencionais, localizados próximos às margens do Rio Negro, e dois trechos estaiados, ou seja, suspensos por cabos ou estais, localizados na parte central do rio, sustentados por uma torre central. A previsão para a conclusão da obra é de 30 meses.
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