A sensibilidade do Ministério Público Estadual para avaliar favoravelmente o caso dos mais de seis mil servidores temporários do município foi solicitada nesta quarta-feira, 05, pela vereadora Marise Mendes (PTB), em aparte que fez ao discurso do líder governista Isaac Tayah (PTB).
Dona Marise disse que pela primeira vez a Câmara Municipal de Manaus registra unanimidade sobre uma questão, porque os vereadores estão preocupados com as pessoas idosas que não têm nível de escolaridade para fazer concurso público.
Dona Marise falou que, em caso de concurso, os trabalhadores conhecidos como 'tapa-buracos' e os garis teriam que fazer prova diferenciada, de esforço físico, mas tem também motoristas, serviços gerais, eletricistas, um grupo de pessoas que não tem capacidade de prestar concurso. "Por isso estamos tentando convencer e sensibilizar o Ministério Público para que os promotores pensem nesses pais de família que não têm onde arranjar emprego" - argumentou a parlamentar.
Para a petebista, se os 'jovens' de 40 anos já não arranjam emprego, muito menos poderiam consegui-lo as pessoas com 50 ou 60 anos, "que estão pedindo a Deus para se aposentarem e poder ir para casa descansar".
Dona Marise propôs que os membros do Ministério Público comparecessem à Câmara para debater a questão e ver que alternativa existe. "Não adianta botar a culpa nos prefeitos que passaram, era o tempo das vacas gordas e não havia a proibição de contratar pessoal pelo regime especial, mas agora a coisa mudou e estão fazendo o que a lei atual determina, porque senão a pessoa física (do prefeito) terá que pagar R$ 500 mil de multa.
"Não é a pessoa jurídica, é a pessoa física", esclareceu a vereadora.
"Temos realmente que ver uma maneira de salvar nossos irmãos que estão com os nervos à flor da pele, pensando que em março, quando termina o prazo dado pelo MP, terão que sair do emprego e não terão do que viver", concluiu a parlamentar.
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