O presidente do Senado, José Sarney (AP), segue no malabarismo político que o obriga a duas campanhas: a do Amapá e a do Maranhão. No Amapá, ele articula uma aliança entre PTB e PMDB, da qual deve emergir como candidato ao governo o ex-deputado Luiz Cantuária Barreto (PTB)
Barreto (E) é candidato em aliança com Gilvam Borges (C) e apoio de Sarney (D). Fotos: AL-AP, ABr e Joedson Alves/AE
Que vem a ser o mesmo Lucas Barreto, nomeado por um dos mais de 600 atos secretos, para o Conselho Editorial do Senado, entre 2007 e 2008, com salário de R$ 7 mil.
Nessa época, sustentado pelo Senado, fazia sua campanha a prefeito de Macapá, mas foi o terceiro colocado.
Na ocasião, ao se defender, Sarney disse não conhecer Luiz Cantuária Barreto, que constava como funcionário do Senado, nomeado por ato secreto.
Depois divulgou nota oficial explicando que o conhecia como Lucas Barreto e, por isso, negara vínculo com o nomeado.
Mas, desfeita a confusão, tudo ficou por isso mesmo. Lucas ou Luiz Cantuária, que são a mesma pessoa, foi nomeado por ato secreto e não se falou mais nisso.
Agora, ele é candidato com apoio de Sarney, numa aliança com Gilvam Borges, que tenta a reeleição ao Senado. “Praticamente as coisas estão encaminhadas nesse sentido”, disse Gilvam numa entrevista a uma rádio local.
No Senado, Gilvam integrou a tropa de choque de Sarney quando este se viu às voltas com o Conselho de Ética em função do escândalo dos atos secretos.
Sarney tenta uma chapa forte no Amapá para impedir a eleição de João Capiberibe, ex-senador cassado sob acusação de compra de votos, cuja vaga foi ocupada por Gilvam, segundo colocado nas eleições de 2002.
No Maranhão, Sarney enfrenta a oposição do PT a uma aliança que dê a Dilma Rousseff palanque único com a candidata do PMDB, Roseana Sarney.
O PT estadual prefere o candidato do PC do B, Flávio Dino, contra a vontade do presidente Lula.
Dino, terceiro colocado nas pesquisas, já tem um acordo com o segundo, Jackson Lago (PDT), de um a aliança no segundo turno contra Roseana.
A oposição a Roseana explora, nesse momento, o indiciamento de Fernando Sarney, pela Polícia federal, sob acusação de evasão de divisas.
A PF apurou que Fernando remeteu U$ 1 milhão para a China , numa operação não declarada à Receita.
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