quarta-feira, 5 de maio de 2010

Castro volta a cobrar melhoria no atendimento aos renais crônicos

Da assessoria: O deputado estadual Luiz Castro voltou a cobrar, na manhã desta quarta-feira, no plenário da Assembléia Legislativa do Estado, ações para melhorar a política de saúde voltada o atendimento de pessoas portadoras de doenças renais crônicas.

O atraso no pagamento do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), cujo repasse atualmente é apenas R$ 450 ao paciente e R$ 450 ao acompanhante – valor muito abaixo do que é determinado pelo Ministério da Saúde – foi uma das principais críticas feitas por Castro.

“Uma portaria do Ministério da Saúde determina que o valor do TFD é de R$1.050,00 por paciente, mas o Amazonas paga um valor muito inferior. É lastimável que estados como o Acre, Roraima, Rondônia e Amapá cumpram as determinações do Governo Federal, enquanto o Amazonas, que é muito mais rico, além de repassar um valor inferior, não consegue realizar o pagamento em dia”, criticou o parlamentar.

O presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa do Amazonas e deputado estadual da base governista, Nelson Azedo (PMBD), admitiu os erros na política de saúde voltada para os doentes renais crônicos. “Eu não tenho dúvidas de que a preocupação com o tratamento desses doentes é pertinente”, disse. Azedo atribuiu, no entanto, a falha à Secretaria de Estado de Saúde (SUSAM), que, segundo ele, deve apresentar projetos de melhoria para a área ao Governador Omar Aziz (PMN).

Castro também apresentou dados que demonstram a situação dramática vivida por pessoas que sofrem de problemas renais crônicos no Amazonas. “As estatísticas mostram que, só no ano passado, 162 amazonenses morreram na fila por um transplante de rim”, informou Castro, lembrando que, só de janeiro a abril deste ano, 74 pessoas já foram a óbito devido à ineficiente e ineficaz política de saúde do Estado.

Para o deputado estadual Wilson Lisboa (PCdoB), que também é da base aliada do Governo, “a política de saúde do Estado passa por uma situação periclitante e, portanto, não há como fechar os olhos para as pessoas que vivem o drama da espera por um transplante de rim”.

Lisboa também destacou que somente a construção de prédios não é suficiente para garantir um atendimento de qualidade e criticou o fato das cidades do nordeste possuírem um atendimento de alta complexidade superior ao do Estado.

Luiz Castro aproveitou a oportunidade para criticar a política do Governo do Estado que, segundo ele, prioriza a construção de grandes obras de engenharia e deixa de lado o ser humano.

“Como ter orgulho de ser amazonense vendo esses pacientes serem desrespeitados e humilhados nos outros Estados, porque a SUSAM não repassa a eles o dinheiro do Ministério da Saúde?” questionou.

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