Em viagem ao Pará, Lula despejou sobre os microfones meia dúzia de palavras sobre a discórdia que separa o PMDB de Jader Barbalho do PT de Ana Júlia Carepa.
O presidente declarou que ainda aposta no entendimento. E se não der? Bem, mesmo assim, as coisas haverão de se ajeitar:
"Se isso não for possível vamos ter de encontrar um jeito para que as pessoas possam ter um palanque ou dois palanques...”
“...Ainda é cedo para a gente dar de barato que já aconteceu a divisão ou não. Temos até junho para decidir isso".
Aliado de Ana Júlia na eleição de 2006, Jader se desentendeu com a petista. E resiste à idéia de apoiar a reeleição dela.
O morubixaba paraense ameaça comparecer às urnas de 2010, como candidato ao governo, não ao Senado, como preferiria o PT.
Nessa hipótese, Dilma terá de frequentar dois palanques –o da petê, cuja gestão é ruinosa; e o do pemedebê, precedido de por incontroversa má fama.
A fórmula não agrada a Lula. Acha que a duplicidade de palanques é “prejudicial” à candidatura de Dilma.
"O ideal é que a base estivesse unida em torno de um único candidato a presidente da República e de um único candidato no Estado".
Insinuou que ainda contempla a hipótese de um acerto porque o PMDB do Pará lhe devota fidelidade.
Fez uma analogia com Pernambuco, onde "o PMDB é radicalmente contra o governo". Ali, disse Lula, "nada se espera" do partido.
De fato, o PMDB pernambucano é controlado pelo dissidente Jarbas Vasconcelos. Fechado com José Serra anunciou nesta quinta (6) a candidatura a governador.
Afora a letra inicial do nome, Jarbas e Jader são realmente diferentes. A começar pela biografia. Uma é limpa. A outra...
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