terça-feira, 18 de maio de 2010
Manifestação marca Dia Nacional de Luta Antimanicomial
Da assessoria: Uma manifestação na Avenida Constantino Nery, na altura do Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro, marcou o Dia Nacional da Luta Antimanicomial no Amazonas. Com faixas e cartazes que pediam melhorias no sistema de saúde mental do Estado, estudantes de várias instituições de Ensino Superior de Manaus, funcionários e usuários do sistema, além de parentes, foram às ruas, na manhã de hoje, protestar contra o abandono do sistema.
A programação também incluiu uma exposição de produtos artesanais confeccionados pelos próprios usuários do sistema de saúde mental e por participantes de atividades de economia solidária
Para a estudante do quarto período do curso de Psicologia da Fametro e estagiária do Hospital Psiquiátrico, Gizele Lucena, a escassez de psiquiatras, a falta de medicamentos e os problemas na marcação de consultas são apenas alguns dos problemas enfrentados pelos usuários do sistema de saúde mental do Estado. “Nós temos ótimos profissionais, mas devido ao altíssimo número de pacientes, o hospital está sempre lotado. Falta infra-estrutura”, disse.
O deputado estadual Luiz Castro (PPS), que, como vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, participou da mesa-redonda “Perspectiva da Economia Solidária na Saúde Mental”, destacou a importância de associar o sistema de saúde mental do Estado às políticas de economia solidária, cultura e até mesmo meio ambiente. “Para isso, é preciso que o Governo dê prioridade ao sistema”, enfatizou Castro.
As professoras doutoras da UFAM, Heloisa Helena Correa da Silva e Márcia Regina Faria Calderipe Rufino, e o representante da Superintendência do Trabalho, Henrique Marques dos Santos, também participaram do debate. “São apenas cinco CAP’s no Estado – número reduzido para a quantidade de pessoas que sofrem de distúrbios mentais. Só o Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro possui mais de 50 mil pacientes cadastrados”, informou Santos.
A programação pelo Dia Nacional da Luta Antimanicomial contou ainda com oficinas e apresentações artísticas. A história da loucura no Amazonas; a saúde mental e a cidadania; e a vivência e convivência entre pacientes e seus familiares foram alguns dos temas tratados nas oficinas. A apresentação teatral da Companhia Vitória Régia encerrou a programação cultural. Ao final do dia, foi apresentado um manifesto pela Reforma Psiquiátrica no Amazonas.
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