Wanderlei Silva é um dos personagens mais carismáticos do universo do MMA e o ‘Cachorro Louco’ inclusive já cogitou usar a sua popularidade para defender a classe de lutadores. Em entrevista ao programa “De frente com Gabi”, que foi exibido em setembro de 2013, o curitibano revelou um convite que teria recebido para ingressar na política e o assunto ainda reverbera na cabeça do campeão.
Em entrevista exclusiva à Ag. Fight, Wand disse que gostaria de ver os lutadores unidos para a criação de um sindicato que defendesse os direitos dos atletas, principalmente dos novatos.
“Um salário mensal eu acho difícil uma organização pagar ao lutador, mas os atletas deveriam ter um sindicato para poderem exigir os seus direitos, a exemplo do que acontece em outros esportes. Esse sindicato garantiria ao lutador um cachê mínimo a ser estipulado, porque quem faz o show somos nós. Nossa classe deveria se unir para criar uma entidade que representasse os atletas e que negociasse as situações mais extremas com os eventos. Muitos caras não recebem o condizente com a realidade do evento que lutam, principalmente os estreantes”, sugeriu.
No maior evento de MMA do planeta, um astro como Anderson Silva chega a ganhar R$ 1,5 milhão, enquanto no mesmo card existem atletas que não faturam nem R$ 20 mil. Wand acredita que o UFC deveria ter mais carinho com os atletas novatos.
“Um evento tão grande como o UFC, os atletas deveriam ter um piso mínimo para entrar, acho que os atletas deveriam se unir nesse aspecto. Nós somos conhecidos como estrelas, vamos na televisão como estrelas, mas a realidade é que não estamos ganhando como estrelas. Eu falo em nome dos lutadores, esse não é o meu caso, pois eu ganho muito bem, mas falo pela grande maioria. O UFC poderia ser um pouco mais maleável com a galera que está chegando, pois essa é uma carreira muito complicada e se você se machuca, já era pra ti”, cobrou Wanderlei.
Quando perguntado pela Ag. Fight se encabeçaria o movimento a favor dos lutadores, Wanderlei Silva não pensou duas vezes e respondeu de imediato.
“Se eu fosse escolhido pela classe para representá-los, eu com certeza aceitaria e poderia usar a minha influência para interceder principalmente em favor dos novos atletas que estão chegando e não sabem como funciona o mercado”, concluiu.
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