quarta-feira, 11 de março de 2009
Copa do Mundo em Manaus.
Manaus como sub-sede da Copa do Mundo.
A realização da Copa do Mundo de 2014 em Manaus representa um surto de progresso inigualável para a capital amazonense, com pesados investimentos nas áreas de construção civil, principalmente em hotelaria, o que resultará em significativo aumento de emprego e renda, assegurou quarta-feira, 11, o governador Eduardo Braga, em discurso na Câmara Municipal da cidade.
Acompanhado do vice-governador Omar Aziz e secretários de Estado, Eduardo Braga considerou que a preparação da Copa do Mundo de 2014 no Brasil é "mais do que um evento de futebol", pois ocorre num momento de crise em que se discute a falta de confiança no modelo de desenvolvimento econômico e social que era comandado pelos Estados Unidos. Para ele, a inclusão de Manaus como uma das 12 sedes da Copa abre incalculáveis possibilidades de desenvolvimento para a cidade.
O governador reconheceu que não sabe prever exatamente quanto será investido, mas espera que seja investido tanto quanto for possível para gerar emprego, renda e ocupação econômica para a cidade. "Através desse evento, podemos aumentar a confiança e o otimismo para vencer a ameaça de crise e desemprego", frisou. Braga lembrou que sua última visita à Câmara ocorreu quando o então presidente Marco Antônio Chico Preto (PMDB) inaugurou a atual sede do parlamento municipal. Ele elogiou a coragem e o esforço de Chico Preto ao encarar o desafio de dar uma sede definitiva à CMM. "Naquele dia eu estava usando muletas, por conta de um acidente, mas vim à inauguração em reconhecimento ao trabalho do Chico Preto", lembrou o chefe de Estado.
Braga falou sobre indicadores econômicos que apontam redução de produção no parque fabril de Manaus, mas ressaltou que segundo o IBGE, das 14 regiões industriais brasileiras, só duas tiveram desempenho favorável em 2008: o Amazonas, com 0,9% de crescimento e Goiás, com 0,6%. Entretanto, por causa da crise internacional, o Pólo Industrial de Manaus produziu apenas 90 mil motocicletas em janeiro de 2009, 50% a menos do que a produção registrada em janeiro do ano anterior.
"Isso mostra o tamanho da crise que está entrando no país, mas apesar da redução de 50% na produção de motocicletas, nenhum trabalhador perdeu o emprego e nenhuma fábrica fechou", argumentou o governador. Para ele, isso representa um freio em relação a uma crise que se aproxima como se fosse morte anunciada para a economia mundial.
Todavia, Eduardo Braga acredita que se, no dia 20 próximo, Manaus for confirmada como uma das 12 sedes da Copa do Mundo será aberta uma nova janela para investimentos, virando a página de notícias negativas, com novos investimentos públicos e privados ocorrendo na cidade.
A vinda da Copa para Manaus é vista como um projeto de todos os segmentos sociais, ou, no dizer do governador, "um projeto do Amazonas, da Amazônia e da floresta amazônica". Braga argumentou que o Amazonas não se habilitou na disputa pela Copa por ter grandes times de futebol, mas por ser respeitado como sendo o melhor exemplo de responsabilidade e desenvolvimento sustentável da floresta de trópico úmido, o que chama a atenção de governos internacionais.
"Somos responsáveis pela carboneutralização da Copa do Mundo de 2014, porque ao invés de desmatarmos, usamos a floresta amazônica como ativo para financiar investimentos em favor do nosso povo", garantiu.
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