Fórum das águas.

Belão diz que Fórum das Águas faz parte de agenda positiva

O deputado Belarmino Lins (PMDB) disse que o I Fórum das Águas de Manaus é um evento de natureza nacional, de suma importância e que a partir de agora irá fazer parte de uma agenda positiva do Estado do Amazonas pela importância do tema, que reside na preservação do meio ambiente e dos recursos hídricos. Isso significa que o fórum será anual.

A intenção do evento, conforme Belão, é que no final dos trabalhos saia um documento que possa retratar o nível das palestras e do debate que será tratado entre os participantes do evento, que conta com autoridades federais estaduais e municipais.
Belarmino Lins explicou que o evento foi inspirado na contribuição da deputada Conceição Sampaio (PP) com o apoio da Assembléia Legislativa; da deputada federal Rebeca Garcia (PP), com ao apoio da Câmara dos Deputados e do vereador Marcelo Ramos, com o apoio da Câmara Municipal de Manaus. “Acredito que será um debate ímpar, porque será divulgado o que realmente está sendo feito em termos de recursos hídricos”, disse.

Políticas públicas

Segundo o secretário Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Marcelo Dutra, Manaus é uma das cidades que pouco se insere nas políticas mundiais de meio ambiente, enquanto um pólo urbano. A cidade, avaliou, possui uma gigantesca quantidade de poços artesianos cavados, tem pouquíssimos índices de coleta e tratamento de esgotos, tem mananciais não mapeados, não tem estudos que sirvam para guiar os projetos da prefeitura. “Precisamos buscar com esses fóruns a integração das informações”, disse.

Dutra informou que o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) tem trabalhos importantes sobre águas, as universidades também, mas o Estado precisa acessar, buscar entrosamento e não tem lugar melhor do que os fóruns para tentar resolver esse problema. O secretário disse que Manaus tem que ser tratada por todos. “A prefeitura tem a função administrativa, o governo do Estado de intermediar, o governo federal tem em Manaus um pólo industrial, mas precisamos que todos estejam integrados quando o assunto for ambiental, até porque o artigo 23 da Constituição Federal determina isso”, assinalou.

Ao fazer um balanço do Programa de Saneamento dos Igarapés de Manaus, o coordenador da Unidade de Gerenciamento do Prosamim (UGPI), Frank Abrahim Lima, disse que a partir de recursos do BID, o governo do Estado já retirou quase 6 mil famílias dos igarapés de Manaus e até 2020 a meta é beneficiar 15 mil famílias.

Abrahim disse que ainda vai levar um tempo para que os igarapés de Manaus sejam totalmente urbanizados e tratados. No entanto, apresentou levantamento apontando que o Prosamim já retirou 300 mil metros cúbicos de material orgânico do leito dos igarapés. “Isso ajuda a melhorar a fluidez dos igarapés e a reduzir a contaminação da água”, informou.