sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ciro no ataque.



Dilma Rousseff falou a uma rádio de Goiânia, a 730 AM. No curso da entrevista, a candidata petista se contrapôs a Ciro Gomes (PSB).

Ciro, um ‘quase-ex-presidenciável’, vem realçando a “frouxidão moral” da aliança PT-PMDB, base do consórcio partidário de Dilma.

Nas palavras de Ciro, a parceria entre os dois maiores partidos governistas deixou, já sob Lula, “um roçado de escândalos semeados”.

Instada a comentar o tema, Dilma disse que respeita Ciro, mas insinuou que suas acusações embutem um quê de "soberba".

“A questão da corrupção não pode ser confundida com um partido ou uma sigla”, disse a preferida de Lula.

“Os seres humanos são diferentes, a corrupção é uma questão de desvio de conduta e isso pode acontecer em todos os lugares..."

“...A gente não pode ter essa soberba ao analisar os outros”.

De resto, Dilma disse que, sob Lula, a corrupção foi combatida como nunca antes na história desse país.

As declarações da candidata soaram num dia em que a cúpula do PSB cuidava, em Brasília, do desembarque de Ciro, a ser anunciado na próxima terça (27).

No final da tarde, Dilma foi ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), que serve de sede provisória do governo.

No mesmo instante, encontravam-se no prédio dois caciques do PSB: os governadores Eduardo Campos (PE) e Cid Gomes (CE). Foram a uma reunião com Lula.

Levada à porta por Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, Dilma disse que não se encontrou com Campos, presidente do PSB; nem com Cid, irmão de Ciro.

A candidata de Lula declarou que foi ao CCBB para avistar-se, veja você, com a primeira-dama Marisa Letícia.

Disse que foi à mulher de Lula para buscar “conselhos”. Como assim? “Sempre me aconselho com a dona Marisa. Ela tem uma fortaleza interna, uma ternura!”

Que aconselhamentos ouviu? “Coisas de mulher”, Dilma limitou-se a dizer.

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