quarta-feira, 21 de abril de 2010
Prefeitura vai executar demolição controlada
Num esforço conjunto entre a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) e a Defesa Civil municipal, a Prefeitura se muniu de um laudo técnico para avaliar a situação do prédio onde aconteceu um incêndio de grandes proporções na última segunda-feira (19), iniciado na loja de calçados Pé Collection com causas ainda não definidas pela equipe de investigação do sinistro, designada pelo Corpo de Bombeiros.
A orientação, de acordo com o laudo da Defesa Civil e da perícia técnica convocada pela Prefeitura, é que o terço superior do prédio deva sofrer demolição controlada imediatamente, em função do risco iminente de desabamento. O secretário Américo Gorayeb anunciou que os trabalhos serão iniciados nesta quinta-feira (22), assim que forem contratados os equipamentos necessários para realizar o serviço sem mais consequências. “Desde a madrugada de ontem, quando a chuva forte começou, que a nossa equipe está monitorando o local. A nossa intenção é fazer as adequações para começar a demolição amanhã (quinta) cedo, pois hoje (quarta) ficará inviável encontrar os equipamentos para fazer o trabalho por conta do feriado”, apontou o secretário, explicando que a demolição será feita com o auxílio de uma barra de ferro na extremidade do guindaste para garantir tanto a segurança da equipe e transeuntes, quanto para evitar que a estrutura desabe sem controle.
O local está em monitoramento constante desde o sinistro, contando com 40 servidores da Guarda Civil Municipal, 20 da Defesa Civil, além dos 10 agentes do Instituto Municipal de Transporte e Trânsito, evitando a passagem de veículos e pedestres onde há interdição nas ruas Barroso, Eduardo Ribeiro, Henrique Martins, Marechal Deodoro, Guilherme Moreira e Quintino Bocaiúva. O alerta dos órgãos é para que a população só transite pela região em caso de extrema necessidade, para evitar transtornos.
Foram afetadas 15 lojas e as demais do perímetro estão fora de funcionamento, com a previsão de reabertura apenas a partir de 48 horas do início da demolição. “Pedimos que evitem o trecho o máximo que puder pois os riscos são enormes devido ao comprometimento da estrutura”, afirmou Gorayeb.
Por ser um prédio de propriedade privada, todos os custos da Prefeitura despendidos para a ação controlada serão cobrados dos responsáveis, assim como a fica de responsabilidade também dos proprietários a estimativa de reconstrução futura, uma vez que as instalações são tombadas pelo patrimônio histórico municipal. Após a demolição haverá ainda ações de limpeza e reativação de serviços como o de energia e água.
Reportagem: Lívia Nadjanara/Semcom
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