segunda-feira, 12 de março de 2012

Denúncia de fraude na SMTU domina debates na CMM


As denúncias sobre cobrança de propina e venda de vagas no sistema de transporte executivo na cidade de Manaus envolvendo o superintendente Marcos Cavalcante, da SMTU (Superintendência Municipal de Transportes Urbanos) agitaram os debates da manhã desta segunda-feira (12) no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Os vereadores Waldemir José e Ademar Bandeira (PT) e Lúcia Antony (PCdoB) chegaram a pedir a exoneração do superintendente do cargo, mas o vereador Leonel Feitoza (PSD), que é líder do prefeito na Casa, foi à tribuna e mostrou as contradições nos depoimentos dos denunciantes.

Bandeira foi à tribuna e exibiu cópia de um recibo de R$ 17 mil que uma cooperativa teria pagado a Cavalcante por uma vaga no sistema e disse que possui também vídeos que comprovam o envolvimento do superintendente na fraude. Waldemir afirmou que existem fortes indícios de participação do superintendente em esquema de propina e que já fez uma indicação ao prefeito para exonerar Cavalcante. Lúcia informou que o Ministério Público já está investigando o caso.

O presidente da Casa, vereador Isaac Tayah (PSD) comunicou que recebeu um CD em seu gabinete e que não repassou a ninguém porque precisa se inteirar que está gravado ali para não cometer nenhum engano. “Preciso ver se existe algum fundamento”, enfatizou, salientando que tem procurado agir de forma cautelosa e isenta de cores partidárias para não causar injustiça e não polemizar uma situação que precisa ser esclarecida.

O líder do prefeito, Leonel Feitoza, ocupou todo o tempo do seu bloco no horário do grande expediente para mostrar ao plenário que as denúncias contra Marcos Cavalcante são cheias de contradições. Ele leu vários depoimentos dos denunciantes que são membros de cooperativas que atuam no sistema de transporte coletivo urbano, na modalidade Executivo, onde falam da compra de vaga e pagamento de propina, mas nenhum valor bate com o do recibo apresentado por Bandeira e muitos são recibos anteriores a gestão de Cavalcante.

O vereador Massami Miki (PSL) disse que realmente houve um crescimento no número de veículos no sistema, que no início tinha 126 ônibus e agora são 248. Feitoza explicou que isso ocorreu porque o sistema convencional estava praticamente falido, mas que foi feita uma Ata estabelecendo um prazo para terminar e que agora, com a chegada dos novos ônibus para o sistema convencional, Manaus tem uma das frotas mais n ova do Brasil.

Texto: Manoel Marques

Foto: Sérgio Oliveira

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