segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Polícia Civil relata dificuldades de trabalho no interior por falta de telefonia e internet

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que investiga os serviços de telefonia e internet no Estado, o representante da Polícia Civil, Joedi dos Santos Auzier, confirmou a precariedade dos serviços de internet e a falta de sinais para a telefonia no interior do Amazonas. A falta de comunicação, segundo ele, dificulta os trabalhos da polícia, que necessitam ter uma interligação com a Secretaria de Segurança, sediada em Manaus.

“Sofremos muito com a comunicação entre municípios mais distantes, principalmente no que se refere ao andamento dos processos investigativos. Nosso contrato é com  a empresa OI, existe o atendimento, mas demora, os sinais falham, o atendimento ao interior é bem precário. Os técnicos das operadoras pedem 24 horas para fazer o atendimento, demoram para chegar, porque residem em Manaus e dificilmente resolvem”, relatou Auzier.

O vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), Marco Aurélio de Lima Choy, relatou a preocupação da OAB em relação à falta de dados de ocorrências nas Delegacias Interativas no interior do Amazonas, por conta da ausência de serviços de internet.

O relator da CPI, para serviços de internet, deputado estadual Marcelo Ramos (PSB), afirma que a CPI recebe muitas denúncias de pessoas que vão às delegacias e não conseguem fazer os registros e cobra a presença de um membro da Secretaria de Segurança Pública para prestar esclarecimentos à CPI. “Quem precisa de uma delegacia em Manaus, sabe das dificuldades de acesso ao sistema informatizado que existe hoje para serviços de ocorrências”, informou Ramos.

A CPI da Telefonia quer saber, de fato, se não há problemas de comunicação nas delegacias. Segundo o presidente da CPI, deputado estadual Marcos Rotta (PMDB), a Comissão também vai investigar os maus serviços prestados no interior do Amazonas.

“O problema relatado no interior, de fato, compromete a investigação policial, o contato telefônico entre os investigadores, o contato da população com a polícia civil. Aqui na capital, há um convênio com a Prodam, que supre grande parte das necessidades. Eu ilustrei com um problema que me foi repassado por um cidadão, alegando falta de sinal de internet, o representante da Polícia Civil disse que é um caso isolado, que pode ocorrer, mas que não ocorre com muita freqüência aqui em Manaus, porque no interior ele reconheceu que há muitos problemas”, relatou Rotta.

CPI aguarda presença da SSP

A CPI da Telefonia agora aguarda a presença de um representante da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), para trazer novas informações, inclusive sobre o funcionamento do programa Ronda no Bairro, que necessita de serviços de comunicação com qualidade, para ter êxito.
“Estamos oficiando a Secretaria de Segurança Pública e também o CIOPS,  para que nos mandem mais informações a respeito da utilização de tecnologia utilizada dentro do CIOPS e dos Distritos Integrados de Polícia (DIP’s). Nós precisamos ter um Raio-X a respeito da qualidade dos serviços de telefonia fixa, móvel e internet também na área de Segurança Pública”, relatou o presidente da CPI.
Na próxima terça-feira (5/11) às 14h,  os membros da CPI da Telefonia ouvirão representantes da Empresa de Processamento de Dados do Amazonas (Prodam), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), na sede da Assembleia Legislativa do Amazonas.

Informes da Assessoria 

Nenhum comentário:

Postar um comentário