O PT está no ritmo do presidente Lula e já se prepara para as eleições do ano que vem. Neste fim de semana em São Paulo, a tendência Construindo um Novo Brasil - a maior delas, a qual pertence o presidente e o boa parte do núcleo do governo - se reuniu para tomar algumas decisões que serão importantes para a eleição do ano que vem.
No encontro, foi apresentando no nome do ex-senador José Eduardo Dutra como candidato à presidência do PT. Isso porque Gilberto Carvalho, o preferido deste grupo, comunicou oficialmente que não pretende ocupar o cargo. O presidente Lula não o liberou. Quer que ele seja um dos coordenadores da campanha de Dilma Roussef à presidëncia para fazer a ponte entre a candidata e o partido.
No debate sobre as alianças que váo sustentar a candidatura de Dilma, única parte da reunião que teve a participação do ex-ministro José Dirceu, o PT considerou fundamental a aliança oficial com o PMDB. Os petistas acham que isso está bem próximo porque quatro lideranças importantes do PMDB já estariam trabalhando nessa direção: os presidentes da Câmara e do Senado, Michel Temer e José Sarney, e os líderes Renan Calheiros e Henrique Alves. As resistências, hoje, estariam reduzidas aos comandantes do PMDB em Sáo Paulo, Orestes Quercia; e em Santa Catarina, o governador Luiz Henrique.
Além do PMDB, o PT faz questão, também, da aliança com o chamado bloquinho, que reúne os partidos mais à esquerda e parceiros tradicionais do PT em outras campanhas como o PC do B e o PSB.
Nas conversas entre petistas ficou claro que o presidente Lula está preocupado com uma certa debandada de ministros no prazo de desincompatibilização, até abril do ano que vem - pois 12 se preparam para deixar os cargos e concorrer às eleiçõs. Lula quer manter alguns no governo. A esta altura, os escolhidos seriam, Paulo Bernardo, ministro do Planejamento e a volta de três que já ocuparam cargos no primeiro mandato - Antonio Palocci, Ciro Gomes, (se ele não for candidato ao governo de Sáo Paulo) e Aldo Rebelo, que poderia voltar à articulação política do governo, se José Múcio Monteiro for mesmo para o Tribunal de Contas da União.
Fonte: Blog da Cristiana Lôbo.
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