Levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado encontrou "inúmeras inconsistências" no trabalho de tapa-buraco feito por empreiteira que já ganhou R$ 85 milhões da Prefeitura de Manaus
Raphael Cortezão
Inspeção extraordinária realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) a pedido do vereador José Ricardo Wendling (PT) identificou "inúmeras impropriedades" na execução das obras de tapa-buracos realizadas em Manaus pela empresa Emparsanco S/A, que já recebeu cerca de R$ 85 milhões pelo serviço da Prefeitura.
A informação é do secretário de Controle Externo do tribunal, Pedro Augusto de Oliveira. O detalhamento do relatório de inspeção, segundo Oliveira, só poderá ser fornecido pelo relator, o auditor Mário de Moraes Filho, que deverá receber o processo para análise e manifestação na próxima terça-feira.
"O que posso adiantar é que inúmeras inconsistências, como divergência de ruas e locais indicados, impropriedades no projeto básico das obras, dentre várias outras, foram apontados pelo relatório de inspeção", disse o secretário, na sexta-feira (12).
Ele informou ainda que todos os envolvidos deverão ser notificados a apresentarem defesa no processo. Atualmente, o processo tramita na Secretaria de Controle Externo da Administração Municipal de Manaus (Secamm), pronto para ser remetido ao relator.
De acordo com Pedro Augusto, o auditor Mário Filho deverá decidir se serão necessárias novas apurações ou se submeterá o processo à votação no plenário do TCE, com base no relatório que apontou as irregularidades.
O Ministério Público Especial de Contas também deverá atuar no processo, caso sejam solicitadas novas investigações. Para o vereador José Ricardo, o trabalho de apuração do tribunal é "fundamental para dar satisfações à população sobre os serviços prestados pela empresa Emparsanco" em Manaus.
Ele afirmou ter recebido do presidente do TCE, conselheiro Júlio Pinheiro, a garantia de que a inspeção está sendo realizada com rigor e que os resultados deverão ser divulgados após o envio para o Ministério Público.
Fonte: Jornal Acrítica
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