Márcio Falcão, da Folha Online.
Uma manobra do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), promete reforçar sua base na Câmara Legislativa e dificultar a análise dos pedidos de impeachment e a criação da CPI para investigar o suposto esquema de corrupção.
Devem ser publicadas nesta terça-feira as exonerações da secretária de Desenvolvimento Social, Eliana Pedrosa (DEM), e do secretário de Habitação, Paulo Roriz (DEM). Os dois são distritais e reassumem suas vagas no Legislativo local.
De volta à Câmara, Eliana assume o comando da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no lugar de seu suplente Raad Mansouh (DEM), que será responsável por analisar os pedidos de impeachment contra Arruda.
O presidente da CCJ, Rogério Ulysses (PSB), está afastado da comissão porque foi citado no inquérito que investiga o suposto pagamento de propina do governador para a base aliada. Mansouh, vice-presidente, assumiu no lugar.
Na CCJ, são necessários três votos favoráveis aos pedidos de afastamento para que os processos sejam analisados em plenário. Por lá, apenas o deputado Chico Leite (PT) é da oposição.
Dos 24 deputados, oito são alvo das investigações do Ministério Público e da Polícia Federal. Seis são considerados de oposição e independentes. Outros dez ainda são considerados da base aliada.
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