Antes de ocupar a cadeira de presidente da Câmara dos Deputados, o então candidato em campanha Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) evitava comentar as denúncias que pesam contra ele.
Agora, já na presidência da Casa, o deputado tenta usar um ar benevolente para desclassificar as críticas de mau uso dos recursos públicos. “São coisas menores. Tenho formação democrática, eu sei compreender e perdoar”, afirma. “Nessa hora eu quero trabalhar para fazer essa Casa voltar a ter respeito e transparência”, afirmou, reiterando, com certo deboche, que o fará “até para a alegria dos jornalistas”.Sobre o dossiê entregue para todos os deputados na manhã desta segunda-feira, antes da votação que o levou à presidência da Casa, Alves fez questão de mostrar que nem o documento ou a sucessão de denúncias contra ele foram capazes de impedir a sua eleição. “A resposta é a vitória no primeiro turno. É a melhor resposta que eu poderia ter.”
A eleição de Alves foi definida por acordo político, assim como a de Renan Calheiros (PMDB-AL), que assumiu a presidência do Senado na sexta-feira passada.
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