sábado, 23 de fevereiro de 2013

Praciano fala pra 5mil pessoas no grito contra a corrupção em Coari



O deputado federal Francisco Praciano (PT-AM) participou hoje, 23, (sábado), em Coari, do grito contra a corrupção naquele município. Durante o evento foi instalado o Conselho de Cidadãos de Coari (CONCICO), uma ONG que atuará na fiscalização do uso dos recursos públicos no município.
A Polícia Militar do município estimou em 5 mil o número de pessoas que participaram do evento ocorrido na praça Matriz Santana São Sebastião, centro da cidade.
Segundo as entidades e pessoas do município que organizaram o evento, a manifestação pública teve como objetivo, também, denunciar as irregularidades praticadas pela atual gestão que decretou estado de emergência para beneficiar empreiteiros sem precisar fazer licitações. “São contratos graciosos, feitos às escuras e sem qualidade, como o asfalto que está sendo colocado nas ruas da cidade”, afirma o presidente eleito do CONCICO, Magno da Cunha.
O CONCICO reúne diversos segmentos da sociedade coariense e autodenomina-se suprapartidário. “Temos diversos segmentos sociais envolvidos no movimento, como igrejas, donas de casa, estudantes e produtores rurais, que  querem ver transparência com o  dinheiro público” diz Alexei Chaves, eleito secretário executivo do Conselho que foi criado.
O deputado federal Praciano foi ao município acompanhado do deputado estadual Luis Castro e, em seu discurso, ressaltou a fábula de dinheiro que Coari tem recebido do governo federal, nos últimos anos, por conta dos royalties do petróleo. Citando dados extraídos do site da CGU (Controladoria-Geral da União), Praciano informou que, nos últimos 5 anos (2008-2012), Coari recebeu, somente em razão dos Royalties do petróleo, R$ 312.629.798,00 (trezentos e doze milhões, seiscentos e vinte e nove mil, setecentos e noventa e oito reais), enquanto que as três maiores cidades do interior do Amazonas (Parintins, Itacoatiara e Manacapuru) receberam, juntas, R$ 5.211.461,00 (cinco milhões, duzentos e onze mil, quatrocentos e sessenta e um reais). Coari recebeu, portanto, no mesmo período, sessenta vezes mais do que receberam, juntos, os três maiores municípios do interior do estado. “Muito dinheiro atrai ladrão. Por isso, a sociedade tem que fiscalizar, ela mesma, como são gastos esses recursos”, disse Praciano.


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