Os manifestantes pretendem se reunir na região da Pampulha, próximo à arena, onde um perímetro de 2 quilômetros – determinado pela Fifa – tem que ser respeitado. A recomendação é para que os torcedores cheguem o mais cedo possível ao estádio, uma vez que a equipe de segurança do Estado trabalha com a hipótese de que os manifestantes tentem atrapalhar a chegada das pessoas para o jogo. Quanto à seleção, existe a possibilidade de que ela seja levada de helicóptero, para que não ocorra atrasos.
Efetivo reforçado
O esquema de segurança montado pelo Governo de Minas contará com 5.467 policiais militares. Segundo informações do governo, o efetivo foi aumentado em quase dois mil homens para garantir a segurança na capital e a tranquilidade dos torcedores, manifestantes pacíficos, atletas e visitantes de Belo Horizonte.
Em coletiva na tarde desta terça-feira 25, o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz, e o comandante geral da Polícia Militar, coronel Márcio Martins Sant´Ana, reafirmaram que as forças de segurança estão empenhadas para garantir a realização das manifestações e a segurança dos presentes nas aglomerações. Entretanto, informaram que não serão permitidos danos ao patrimônio público e privado e que estas ações terão reações imediatas das polícias.
"Temos feito o possível para garantir de forma absoluta estas manifestações, inclusive com sacrifício de mobilidade. Entretanto, vale lembrar que há pontos de contenção no entorno do Mineirão, previamente acordados, que são uma decisão soberana do Estado de Minas Gerais para assegurar a segurança, e deverão ser respeitados", disse o secretário.
Segundo ele, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) e a Polícia Militar estão trabalhando para minorar toda e qualquer chance de enfrentamento, mas ressaltou que a própria polícia já identificou grupos que estão participando dos atos apenas para tumultuar e causar insegurança.
"Estamos indicando aos jovens e manifestantes pacíficos que se concentrem no centro da cidade, evitando o deslocamento para as áreas de contenção. Nestes locais, principalmente, mais ao fim das manifestações, tem se percebido uma mudança de perfil dos manifestantes, que passam a contar também com pessoas de comportamento radical e dispostas a confusão", completou Rômulo Ferraz.
O secretário disse ainda que o Governo de Minas está aberto ao diálogo e que, desde o início das manifestações, está se reunindo com grupos que propuseram encontros. Na última segunda-feira 24, inclusive, ele esteve, junto com o comando geral da Polícia Militar, com todos os representantes do Ministério Público responsáveis pela representação dos manifestantes. "Estamos reforçando nossa confiança no comando da PM e nas decisões tomadas até aqui. E abertos para toda e qualquer denúncia de abuso por parte das forças de segurança, que serão para levadas à apuração e tomada de medidas cabíveis, se este for o caso", explicou.
Preparados para reação
O comandante geral da PM esclareceu alguns pontos importantes da atuação das polícias ao longo desta quarta-feira. Segundo ele, não há determinação de atuação com mais rigor durante a semifinal da Copa ou de qualquer ação de retaliação. "Só estamos atuando de forma reativa. Estaremos posicionados, garantindo o direito de manifestação, e esperamos que as delimitações de circulação sejam respeitadas", destacou.
O comandante falou ainda da saturação de policiais no centro da cidade, uma vez que a polícia tem a expectativa de que manifestantes legítimos permaneçam no entorno da Praça Sete, na capital. De acordo com o comandante, a PM não está, de forma nenhuma, jogando bombas de gás lacrimogênio ou disparando balas de borracha por meio dos policiais em atuação nos helicópteros.
O coronel Santana esclareceu ainda que nesta quarta-feira a polícia estará posicionada nos cruzamentos da Avenida Antônio Carlos, e não acompanhando a manifestação, para que esta movimentação da PM não seja confundida com tentativa de impedimento da manifestação.
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