Houve correria, destruição e pessoas passando mal durante confronto entre o Batalhão de Choques e pessoas que participavam do protesto
FORTALEZA - CE: De um lado, Batalhão de Choque da Polícia Militar lança bombas de gás lacrimogêneo e efetua disparos de bala de borracha. Do outro, manifestantes revidam com pedradas e soltam rojões. Pânico, correria, destruição e pessoas passando mal. A região do Iguatemi se transformara numa praça de guerra, com o encontro da polícia e manifestantes do Movimento Passe Livre Salvador, que no início da noite haviam chegado à Estação Iguatemi depois de marchar pacificamente desde o Campo Grande.
O confronto começou por volta das 18h. De acordo com relatos de testemunhas, policiais militares insistiram para que o trânsito fosse liberado em uma das vias da Avenida Tancredo Neves.
O confronto começou por volta das 18h. De acordo com relatos de testemunhas, policiais militares insistiram para que o trânsito fosse liberado em uma das vias da Avenida Tancredo Neves.
Um grupo com cerca de 50 manifestantes — de 6 mil que haviam participado da marcha, segundo a PM — estava sentado na pista. “Um coronel pediu a liberação de uma pista e os manifestantes conversavam com ele para chegar a um acordo. Mas o Batalhão de Choque chegou e com ele não teve diálogo. Já veio atacando”, diz o vendedor Bruno Soares, 20.
“Eles lançaram bombas de efeito moral e atiraram bala de borracha na gente”, disse Gabriel Nascimento, estudante de Direito da Ufba.
O ambulante Isac Santana, que trabalha em frente ao shopping, reclamou da ação da polícia. “Os ambulantes todos saíram correndo em pânico. Eu estou com meu filho de 10 anos de idade aqui e fiquei com muito medo do que poderia acontecer com ele. Por que a polícia acha que tem direito de fazer greve, mas não deixa a população se manifestar em paz?”, questionou.
“Eles lançaram bombas de efeito moral e atiraram bala de borracha na gente”, disse Gabriel Nascimento, estudante de Direito da Ufba.
O ambulante Isac Santana, que trabalha em frente ao shopping, reclamou da ação da polícia. “Os ambulantes todos saíram correndo em pânico. Eu estou com meu filho de 10 anos de idade aqui e fiquei com muito medo do que poderia acontecer com ele. Por que a polícia acha que tem direito de fazer greve, mas não deixa a população se manifestar em paz?”, questionou.
Com os rostos cobertos e usando vinagre para minimizar os efeitos do gás, uma minoria dos manifestantes começou a lançar pedras e rojões. Nas imediações da Igreja Universal, grupos chamavam os policiais para o confronto, com xingamentos e exibindo barras de ferro. Alguns, retiraram pedras dos bolsos e arremessaram contra os policiais.
Na confusão, houve também manifestantes atingidos por balas de borracha, disparadas a esmo pelos policiais — uma atingiu inclusive o repórter fotográfico do CORREIO Almiro Lopes.
Depredação
Em seguida, uma onda de depredação se instalou. Pontos de ônibus foram destruídos, placas de sinalização arrancadas, relógios digitais danificados, tonéis de lixo incendiados e até os vidros da agência bancária do Bradesco, ao lado do Edifício Capemi, foram quebrados.
Desesperadas, pessoas correram para se abrigar no shopping. Algumas passando mal por causa dos gases lançados pelos policiais. O Iguatemi fechou as portas e, segundo a assessoria do shopping, ficou fechado até às 22h.
Após a ação no Iguatemi, um grupo de 500 manifestantes seguiu em direção à Avenida Paralela. Atravessaram ônibus na pista e bloquearam as vias. Após acordo com a PM, o trânsito foi liberado. Até o fechamento da edição, às 22h30, uma via permanecia bloqueada.
Na confusão, houve também manifestantes atingidos por balas de borracha, disparadas a esmo pelos policiais — uma atingiu inclusive o repórter fotográfico do CORREIO Almiro Lopes.
Depredação
Em seguida, uma onda de depredação se instalou. Pontos de ônibus foram destruídos, placas de sinalização arrancadas, relógios digitais danificados, tonéis de lixo incendiados e até os vidros da agência bancária do Bradesco, ao lado do Edifício Capemi, foram quebrados.
Desesperadas, pessoas correram para se abrigar no shopping. Algumas passando mal por causa dos gases lançados pelos policiais. O Iguatemi fechou as portas e, segundo a assessoria do shopping, ficou fechado até às 22h.
Após a ação no Iguatemi, um grupo de 500 manifestantes seguiu em direção à Avenida Paralela. Atravessaram ônibus na pista e bloquearam as vias. Após acordo com a PM, o trânsito foi liberado. Até o fechamento da edição, às 22h30, uma via permanecia bloqueada.
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