quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Entrevista com Chico Preto
Abrimos uma conversa rápida e esclarecedora com alguns deputados/ vereadores / o papo é objetivo e sem curvas. O Pontapé inicial, é com o deputado Chico Preto.
1) Deputado faça uma rápida apresentação: Nome completo – estado –
civil – filhos, quantos?
Chico Preto – Sou Marco Antônio Souza Ribeiro da Costa, conhecido como ‘Chico Preto’. Bacharel em Direito. Sou casado com Silvana Costa, e pai de dois filhos, o Antônio e a Mariana.
2) O senhor é contra ou favor da aposentaria vitalícia de ex-governadores?
CP - Acho providencial que os governadores tenham, na verdade, uma pensão ao invés de aposentadoria. Isso porque, tal qual um juiz, um governante toma decisões que impactam na vida de milhares de pessoas.
O magistrado tem três garantias: vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos, que lhe são dadas para que ele tenha o mínimo de decisões corretas, imparciais...A decisão de um juiz agrada a um grupo e a outro, não. Sem essas garantias, um grupo dominante poderia tirar cargo do juiz, reduzir seu salário, mandá-lo da capital para o interior. Isso não acontece porque o magistrado tem as garantias constitucionais para que ele tome as decisões melhores para o bem comum. Isso não vale para um governador do Estado?
Imagina um governador que é advogado por formação. Ele sai da governança e volta para advogar, quando vai se deparar com todos aqueles , cujas às decisões ele contrariou em algum momento. Como ele terá mercado?
Acho que, se não der para o cargo de governante essas garantias, chega a ser ilusão exigir desse homem, que é falho e passível de erros, um mínimo de decisões comprometidas com o bem comum. Ele deve ter garantia. Agora tudo dentro de um limite. Se, por exemplo, ele tem outra atividade pública, outro contracheque, ele escolhe por uma fonte ou outra. O que já acontece hoje. O Eduardo Braga fez a opção pelo contracheque de senador. O Amazonino recebe a pensão de governador e não recebe o salário de prefeito. O Vivaldo Frota, como não tem contracheque, recebe a pensão. Defendo a pensão porque ela morre com a pessoa, sem ser repassada a filhos, netos, mulher... É o modelo vigente no Estado do Amazonas, e que é válido.
3) O senhor e senador Eduardo Braga têm relações umbilicais, em passado recente o senhor pertencia a um ABC do poder. Pergunto: Qual foi o maior erro administrativo de Braga?
CP – Falhas ou erros acompanharam e acompanharão qualquer administração. Mas, minha convicção é de que, no balanço de 8 anos de mandato, os acertos do governo Eduardo Braga serão muito mais lembrados do que as eventuais falhas.
4) O senhor já falou das aposentadorias vitalícias, com relação às
ONGs de deputados, os repasses são graciosos, ou o senhor entende de outra ótica?
CP – Existe um projeto tramitando na Assembleia que regulamenta essa questão de ONGs e repasses para as mesmas. Eu tenho a convicção de votar favoravelmente ao projeto. Acho que a diligência a qualquer que seja a ONG deve ser intensa (rígida). O governo precisa exercer um papel de fiscalização rígida a serviços de ONGs. Umas realmente justificam a sua existência e outras são somente fachadas.
5) Pra finalizar: As perspectivas de futuro e um sonho?
CP – Peço a Deus saúde, serenidade e firmeza de propósito para continuar exercendo este mandato. Um sonho pessoal: ver os meus filhos tornando-se homens de bem na sociedade. Público? Estar vivo e contribuindo decisivamente para que no Amazonas nós tenhamos uma economia forte o suficiente para que possamos viver um estado de ‘pleno emprego’.
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